Morreu na noite deste sábado, 16, em Salvador, a segunda vítima do acidente com um jato que caiu em Barra Grande, na Bahia, ocorrido na quinta-feira, 14. Maysa Marques Mussi, de 27 anos, estava internada no Hospital Geral do Estado (HGE), na capital baiana, depois de ter sido transferida do Hospital do Subúrbio, onde estava internada desde o dia do acidente. A informação foi confirmada pela Secretaria da Saúde do Estado da Bahia (Sesab).
O acidente já havia causado a morte da irmã de Maysa, a jornalista Marcela Brandão Elias, de 37 anos, nora do decorador Jorge Elias. O corpo dela, que ficou carbonizado, foi levado ao Departamento de Polícia Técnica (DPT) de Ilhéus. Terceira vítima, o ex-piloto de Stock Car Tuka Rocha morreu na manhã deste domingo.
Maysa casou com Eduardo Mussi em setembro, no sul da Bahia. O marido dela está internado no Hospital Geral do Estado (HGE). Ele é irmão do deputado federal licenciado Guilherme Mussi. Entre os padrinhos do casamento de Maysa e Eduardo estavam a atriz Marina Ruy Barbosa e o marido, o empresário e piloto da Stock Car, Alexandre Negrão.
O avião transportava amigos e parentes para um final de semana na Bahia. Também estavam a bordo Eduardo Mussi (irmão do deputado Guilherme Mussi), Cristiano Rocha, Marcelo Constantino Alves, Marie Cavelan, Fernando Oliveira e o piloto da aeronave, Aires Napoleão Guerra.
Segundo a prefeitura de Maraú, a aeronave pegou fogo — ainda não se sabe se devido a algum problema que pode ter causado a queda ou se em função do choque com o solo, ocorrido por volta das 14h.
Em entrevista ao programa Brasil Urgente, da TV Bandeirantes, o deputado estadual de São Paulo Delegado Olim (PP) informou que os passageiros do avião são da família do deputado federal licenciado Guilherme Mussi (SP), presidente do PP em São Paulo.
“Eles têm uma fazenda lá em Maraú, essa pista é da família. Foi descer o avião e pegou fogo. O irmão dele estava com a esposa, a moça que morreu é irmã da mulher dele [do irmão de Mussi], tem uma criança também. Eles estavam em oito no avião. O irmão dele conseguiu falar com o pai dele, que está fora do Brasil, está todo mundo meio em estado grave no hospital. Até está mandando um avião UTI para a Bahia para ver se vão transferir alguém pra cá”, relatou Olim.
O bimotor pertence ao banqueiro José João Abdalla Filho, conhecido como Juca Abdalla, dono do Banco Clássico e um dos homens mais ricos do Brasil. A reportagem entrou em contato com o banco, que não forneceu nenhuma informação sobre a aeronave ou sobre o paradeiro do proprietário.
De acordo com o Registro Aeronáutico Brasileiro (RAB), o bimotor prefixo PT-LTJ, registrado em nome de Abdalla, foi fabricado em 1981, adquirido em agosto de 2015, e estava com o certificado de aeronavegabilidade em situação regular. Registrado para realizar serviços aéreos privados, o bimotor não pode ser utilizado como táxi-aéreo comercial.