Décima-primeira vítima do incêndio na creche Gente Inocente, em Janaúba (MG), a auxiliar de professora Geni Martins morreu na madrugada desta segunda-feira, no hospital João XXIII, em Belo Horizonte. Segundo a secretária de Educação da cidade, Luzia Santos, Geni estava em estado grave desde o atentado, que completou um mês neste domingo, e teve um quadro de hemorragia no final da noite.
A secretária informou à reportagem de VEJA que a auxiliar de professora foi uma das funcionárias da creche que ajudaram a retirar as crianças depois que o vigia Damião Soares dos Santos, em um ataque planejado, ateou fogo no local. Além dela, morreram o próprio Damião, a professora Heley Abreu e nove crianças.
No último balanço, consta que oito pessoas seguem internadas com ferimentos do atentado. Não existem informações detalhadas sobre o estado de saúde de cada uma das vítimas.
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Alvará
Atingida pelo incêndio, a creche municipal Gente Inocente não tinha extintor, sistema anti-fogo e nem alvará do Corpo de Bombeiros. A prefeitura da cidade no norte mineiro afirmou que, após o caso, passou a mapear os equipamentos anti-incêndio de todos os prédios públicos.
O coronel Primo Lara de Almeida, do Corpo de Bombeiros de Minas Gerais, diz que, anteriormente, o imóvel era usado como residência e sempre funcionou sem alvará. “A creche tem 200 metros quadrados e a necessidade do combate a incêndio era de projeto técnico simplificado”, afirma Almeida. “Não havia sinalização de emergência, extintores, nem monitoramento de brigada”, completa.