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Moradores de prédio que desabou em incêndio pagavam aluguel

De acordo com grupos ligados ao Movimento por Moradia Digna, o valor variava entre 350 e 500 reais por mês; ao menos 120 famílias habitavam o local

Por Da Redação
Atualizado em 2 Maio 2018, 15h22 - Publicado em 1 Maio 2018, 13h27
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  • Moradores que pertencem ao Movimento Luta por Moradia Digna (LMD) relataram que pagavam aluguel para morar no prédio que desabou na madrugada desta terça-feira, no centro de São Paulo. Ao menos 120 famílias viviam irregularmente no imóvel, segundo informações do Corpo de Bombeiros. Segundo relatos de moradores ligados ao movimento, o custo de viver no local variava entre 350 e 500 reais por mês.

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    O imóvel era uma antiga instalação da Polícia Federal e depois foi ocupado por imigrantes e brasileiros. A Secretaria Municipal de Habitação atuava na ocupação do edifício por meio do grupo de Mediação de Conflitos, uma vez que no local estava previsto haver a reintegração de posse, movida pela Secretaria de Patrimônio da União. Assim que desocupado, o imóvel seria cedido à Prefeitura.

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    O edifício de 24 andares desabou durante um incêndio de grandes proporções no Largo do Paissandu, no centro de São Paulo. Outro imóvel e uma igreja também foram afetados.

    A Secretaria de Habitação fez seis reuniões com as lideranças da ocupação, entre fevereiro e abril, para esclarecer a necessidade de desocupação do prédio, por conta do risco e da ação judicial.

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    No dia 10 de março, a secretaria cadastrou cerca de 150 famílias, com 400 pessoas, ocupantes do prédio. Desse total, 25% são famílias estrangeiras. Esse cadastro foi realizado para identificar a quantidade de famílias, o grau de vulnerabilidade social e a necessidade de encaminhamento das famílias à rede de assistência social.

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    Segundo o secretário municipal de Assistência e Desenvolvimento Social, Filipe Sabará, os moradores estão recebendo alimentação e água e serão encaminhados a um centro de acolhida na Barra Funda, Zona Oeste da cidade. De lá, serão redistribuídos para outros espaços da cidade. “Estamos cadastrando as pessoas que nos buscam e pessoas também que nós fomos atrás”, disse. “Todo o suporte será dado.”

    Uma força-tarefa de engenheiros e técnicos da Defesa Civil está no local para avaliar os danos causados aos imóveis vizinhos ao prédio que desabou. A CET organiza os bloqueios de trânsito na região. Às 16h, a companhia informará o esquema de interdição que funcionará a partir de amanhã.

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    A Secretaria Municipal de Habitação criou em 2017 um Núcleo de Mediação de Conflitos que monitora 206 ocupações em toda a cidade com cerca de 46 mil famílias. Desse total, 25% da atuação do grupo ocorre em ocupações na região central, com 3.500 famílias. Para essas ocupações, o grupo atua para buscar uma solução conciliada com a desocupação voluntária e sem confronto.

    A Prefeitura de São Paulo estima em cerca de 70 prédios ocupados na região central com aproximadamente 4 mil famílias. Trata-se de uma estimativa uma vez que em sua maioria são prédios particulares. Nesses casos, cabe ao proprietário ações junto à justiça e às lideranças da ocupação.

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    (Google Earth/VEJA)

     

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    (com Estadão Conteúdo)

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