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Morador de rua é encontrado morto em SP; caso pode ter relação com frio

A suspeita é que as baixas temperaturas da madrugada possam ter complicado seu estado de saúde e o levado à morte

Por Estadão Conteúdo
5 jul 2019, 22h21

Um morador de rua foi encontrado morto no Terminal da Barra Funda, na zona oeste de São Paulo, na manhã desta sexta-feira, 5. A suspeita é que as baixas temperaturas da madrugada possam ter complicado seu estado de saúde e o levado à morte. O frio deve permanecer na cidade e, segundo a Prefeitura, a sensação térmica em partes da capital na noite desta sexta já era de 6º C.

De acordo com a Secretaria da Segurança Pública, Gabriel Leguthe Laffot, de 22 anos, foi encontrado por seguranças às 9h15 sob a escada de acesso ao terminal de ônibus. O caso foi registrado pela Delegacia de Polícia do Metropolitano (Delpom), que requisitou exames ao Instituto Médico Legal para determinar a causa da morte.

O padre Julio Lancellotti, da Pastoral do Povo de Rua, ressaltou que é comum que o frio não seja apontado com a causa da morte, mas, sim, alguma patologia prévia da vítima. “O IML sempre vai dizer que foi outra coisa que causou a morte, um problema cardíaco ou hepático. A hipotermia potencializa esses problemas” disse.

Lancelotti disse que percorreria as ruas da cidade na noite desta sexta e na madrugada deste sábado oferecendo assistência com alimentação e agasalhos a moradores de rua. Ele conta que geralmente que anda sozinho e ingere muita bebida alcoólica fica mais suscetível aos efeitos do frio na rua. “Os que morrem infelizmente estão sozinhos. Em grupo, eles conseguem uma fogueira ou aquecer uns aos outros, se ajudar”, disse.

De acordo com o Centro de Gerenciamento de Emergências (CGE), da Prefeitura, a massa de ar polar deve deixar o tempo gelado nos próximos dias na capital. “No sábado, 6, o sol retorna entre nuvens no decorrer do dia, entretanto a sensação será de muito frio capital paulista. Os termômetros variam entre mínimas de 6º C e máximas que não devem superar os 15º C. Não há previsão de chuva.”

A Prefeitura disse ter realizado mais de 470 mil acolhimentos desde o dia 22 de maio nos Centros de Acolhida. A administração informou que a Operação Baixas Temperaturas segue até 20 de setembro e consiste no reforço da oferta ao acolhimento na rede socioassistencial pela equipe de orientadores socioeducativos para a população mais vulnerável.

No período das 22h às 8h, a abordagem é realizada pela Coordenadoria de Pronto Atendimento Social (CPAS), que deve ser acionada via Central 156, mas as pessoas em situação de rua também podem procurar os serviços espontaneamente, informa a Prefeitura. Caso o local procurado já tenha a sua ocupação total preenchida, os profissionais que atuam nos serviços deverão prestar o primeiro atendimento, protegendo-os do frio enquanto articulam uma vaga na rede de acolhimento do município.

“Atualmente, a cidade tem 148 serviços para pessoas em situação de rua com aproximadamente 22 mil vagas, sendo 18.411 de acolhimento. A rede também conta com 128 Serviços de Acolhimento Institucional para Crianças e Adolescentes (SAICAs), que juntos disponibilizam 2.335 vagas. Para a operação foram aditadas vagas emergenciais, sendo 20 para SAICAs e 260 para a população de rua”, informou a gestão Bruno Covas.

Ajuda pode ser acionada por meio do 156

A população também pode ajudar as pessoas em situação de rua solicitando uma abordagem social por meio da CPAS, que funciona 24 horas por dia e pode ser acionada pela Central 156.

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A solicitação pode ser anônima, mas é importante ter as seguintes informações para facilitar a identificação:

– O endereço da via em que a pessoa em situação de rua está (o número pode ser aproximado);

– Citar pontos de referência;

– Características físicas e detalhes de como a pessoa a ser abordada está vestida.

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