Relâmpago: Digital Completo a partir R$ 5,99

‘Meu silêncio nunca esteve à venda’, diz Cunha à PF

Cunha prestou depoimento no inquérito que investiga o presidente Michel Temer por corrupção passiva e obstrução da Justiça

Por Da redação
Atualizado em 4 jun 2024, 21h23 - Publicado em 14 jun 2017, 15h06

O ex-presidente da Câmara e ex-deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) negou nesta quarta-feira, em depoimento à Polícia Federal, ter recebido dinheiro da JBS para se manter em silêncio sobre supostos casos de interesse da Operação Lava Jato. O peemedebista foi interrogado na Superintendência da PF, em Curitiba, no inquérito que investiga o presidente Michel Temer no Supremo Tribunal Federal por corrupção passiva, obstrução de Justiça e organização criminosa com base em revelações da delação da JBS.

Segundo o advogado de Cunha, Rodrigo Sanchez Rios, o seu cliente disse de “forma firme” que “o silêncio dele nunca esteve à venda” e que nunca foi procurado por Temer ou por algum interlocutor do presidente como uma tentativa de evitar que ele colaborasse com a Lava Jato. “Ele refutou categoricamente”, reforçou o advogado. 

Cunha não é formalmente investigado no processo, mas foi citado na embaraçosa conversa travada entre o dono da JBS, Joesley Batista, e o presidente, na noite do dia 7 de março no Palácio do Jaburu — o empresário gravou secretamente o diálogo e depois o entregou à Procuradoria-Geral da República (PGR) como parte do acordo de delação premiada. Na ocasião, o executivo disse que havia “zerado as pendências” e que estava “de bem” com Cunha. Temer, então, responde: “É, tem que manter isso, viu?”.

O presidente nega que tenha dado aval a Joesley para manter os repasses ao seu ex-aliado, conforme interpretou os investigadores pela conversa acima. A sua defesa também contesta a integridade do áudio, que passa por uma perícia da PF que ainda não foi concluída.

O advogado de Cunha afirmou que os delegados da PF fizeram 47 perguntas ao deputado cassado — todas enviadas pela unidade de Brasília. Cerca de metade delas se referia aos pagamentos da JBS e a outra metade ao suposto esquema de desvios na Caixa Econômica Federal. Sobre este segundo caso, o deputado teria se recusado a responder às questões.

Continua após a publicidade

Preso desde outubro do ano passado, Cunha já foi condenado a 15 anos de prisão pelo juiz Sergio Moro pelos crimes de corrupção, lavagem de dinheiro e evasão de divisas numa ação relacionada a pagamento de propina na compra de um campo petrolífero na África pela Petrobras. Ele estava preso no Complexo Médico Penal, em Pinhais, na Grande Curitiba, e foi deslocado até a sede da PF para prestar depoimento.

 

 

 

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*
Apenas 5,99/mês
DIA DAS MÃES

Revista em Casa + Digital Completo

Receba 4 revistas de Veja no mês, além de todos os benefícios do plano Digital Completo (cada revista sai por menos de R$ 9)
A partir de 35,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a R$ 5,99/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.