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Médico terá de responder na Justiça por crimes na ditadura militar

8ª Vara Federal Criminal do RJ aceitou a denúncia do MPF em que Ricardo Fayad é acusado participar de sessões de tortura de militante político em 1970

Por Da Redação Atualizado em 13 jun 2018, 17h40 - Publicado em 13 jun 2018, 17h37
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  • Após 47 anos, o médico general reformado do Exército Ricardo Agnese Fayad, de 77 anos, terá de responder na Justiça pelos crimes de tortura cometidos na época da ditadura militar no Brasil. Ele já perdeu o direito ao exercício profissional ao ter o registro cassado pelo Conselho Regional de Medicina do Rio.

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    A 8ª Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro aceitou na segunda-feira (11) a denúncia em que o ex-oficial é acusado de participar de sessões de tortura contra o militante político Espedito de Freitas entre os dias 10 a 22 de novembro de 1970.

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    A denúncia é a 31ª ação penal ajuizada pelo Ministério Público Federal (MPF) contra agentes do Estado que praticaram crimes contra a humanidade durante a ditadura militar. Com base nessa classificação, os procuradores afirmam que os crimes são imprescritíveis e não estão passíveis de anistia.

    Segundo o MPF, o general responde pelo crime de lesão corporal grave, por “ofender a integridade corporal e de saúde da vítima”, dentro do Destacamento de Operações de Informações (DOI) do Exército.

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    Histórico

    De acordo com o MPF, Espedito de Freitas foi sequestrado e encapuzado pelo Exército, perto de casa, no Rio de Janeiro, e levado ao Batalhão de Polícia do Exército, onde funcionava o DOI. Lá, foi submetido a choques elétricos, chutes, pau de arara e teve o corpo queimado por cigarro.

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    Ainda segundo a denúncia, em uma cela, é relatado que Ricardo Fayad determinou que fosse aplicada uma injeção em Espedito para que ele aguentasse mais tortura.

    De acordo com o MPF, o militante sobreviveu, mesmo com várias lesões, inclusive causadas pela introdução de objetos em órgãos genitais e desenvolveu sequelas, como sangramento intestinal, inchaço na região escrotal, além de problemas de coluna.

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    As sessões de tortura contra Espedito, conforme denúncias que estão na Comissão Nacional da Verdade, não são as únicas que o ex-médico teria participado. De acordo com o processo, Fayed ainda não tem advogado constituído.

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    (com Agência Brasil)

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