Massacre em Suzano: vizinhos acharam que tiros eram brincadeira
Oito pessoas foram mortas por dois atiradores, que se suicidaram em seguida. Destas, cinco eram estudantes da escola e duas trabalhavam na instituição
Por Ana Weiss
Atualizado em 13 mar 2019, 16h27 - Publicado em 13 mar 2019, 14h29
Trabalhadores do comércio e vizinhos da escola Raul Brasil acharam que eram bombinhas de festa junina o som dos mais de trinta disparos que deixaram dez mortos e 23 feridos em Suzano, na Grande São Paulo, nesta quarta-feira, 13. Foi a disparada de crianças e adolescentes correndo e gritando pelas vias próximas do quadrilátero em torno da Rua Rio de Janeiro foi o aviso de que algo muito errado havia ocorrido no colégio estadual, o mais antigo do município paulista.
Ao todo oito pessoas foram mortas por dois atiradores, que se suicidaram em seguida. Cinco delas eram estudantes da escola, duas trabalhavam na instituição e outra era proprietária de uma concessionária de veículos localizada nas proximidades.
Yuri Carlos de Souza, funcionário do Colégio Objetivo, que fica no quarteirão ao lado do local do crime, percebeu que se tratava de disparos pela persistência dos estouros, seguidos de gritos crescentes dos alunos em fuga. “Nunca tinha ouvido falar em nenhum problema ou briga por aqui”, diz ele, empregado há um ano da rede de ensino. “Parecia brincadeira de criança.”
No Cáritas Regional de Suzano, dois quarteirões mais distante, não se ouviram tiros, mas apenas os gritos. José Luiz Bissaco, assistente administrativo da instituição tradicional do bairro, contou que uma das funcionárias mortas no ataque era muito querida pelos alunos e pelos moradores da região; com o emprego na escola, acumulou trabalho voluntário em favor de pessoas em situação de rua. “Não consigo entender alguém fazer algo contra uma pessoa como ela”, disse Bissaco.
Ricardo Mendrone, administrador da casa de repouso de idosos Vida Viva, a 100 metros do local do atentado, percebeu que havia algo errado quando foi buscar medicamentos de rotina na UBS Jardim de Montecristo, o posto de saúde do bairro, que estava fechado. “Eles fecham apenas a farmácia na hora do almoço, mas o posto inteiro estava fechado em pleno horário comercial.”, afirmou.
Letícia Yuge, funcionária da UBS, disse que a ordem para fechar perdurou por apenas algumas horas da manhã, até todos entenderem o que estava acontecendo. Segundo ela, apesar da tragédia, ninguém procurou a UBS nesta quarta-feira.
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