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Com Temer e Bolsonaro, Marinha lança submarino Riachuelo

Equipamento da Marinha foi desenvolvido dentro do Prosub, programa de desenvolvimento da força naval, que começou há 10 anos

Por Estadão Conteúdo Atualizado em 14 dez 2018, 10h27 - Publicado em 14 dez 2018, 09h03

O primeiro de uma frota de quatro novos submarinos de ataque da Marinha do Brasil entra nesta sexta-feira, 14, no mar pela primeira vez, às 9h30, no Complexo Naval de Itaguaí, litoral sul do Rio de Janeiro. A cerimônia de lançamento do S-40 Riachuelo terá a presença do presidente Michel Temer (MDB) e o eleito Jair Bolsonaro (PSL).

Os submarinos são de tecnologia francesa, transferida e parcialmente modificada por especialistas brasileiros. O presidente francês Emmanuel Macron era esperado para a solenidade, mas desistiu da viagem em razão da série de protestos contra seu governo.

O Riachuelo foi desenvolvido dentro do Prosub, programa de desenvolvimento da força naval, que começou há 10 anos. A meta é produzir ainda cinco submarinos, sendo quatro deles da classe Scorpéne, de propulsão por motores diesel-elétricos. O quinto equipamento deverá ser um submarino movido a energia nuclear, que será concluído até 2029. Os modelos convencionais serão concluídos até 2022.

O projeto original do Scórpene foi modificado para atender necessidades brasileiras. O submarino cresceu cerca de cinco metros e ganhou cerca de 400 toneladas. O submarino Riachuelo tem 75 metros de comprimento, pesa 2.200 toneladas e é alto como um prédio de quatro andares. Antes de ficar disponível para operações de combate, o Riachuelo passará por dois anos anos provas no mar.

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Os testes incluem manobras que não serão repetidas em operação, como navegar à velocidade máxima por muitas horas e a grandes distâncias (37 km/h submerso e 22 km/h na superfície); emergir em ângulo vertical agudo e submergir em condição crítica. Também fará disparos de todas as suas armas e ensaiará a saída e o resgate de times de mergulhadores de combate.

Também estão previstos exercícios de incêndio, de naufrágio e de ações furtivas (em que o submarino não pode ser percebido por inimigos). Os limites de segurança do submarino serão testados em mergulhos de 350 metros. Só depois desses testes é que o Riachuelo poderá cumprir missões de controle das águas oceânicas de interesse do país.

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A Marinha utiliza quatro submarinos da classe Tupi, de tecnologia alemã, comprados nos anos 1970. Um quinto equipamento, o Tikuna, foi concebido pelos engenheiros do estaleiro da Ilha das Cobras, no Rio. Toda a flotilha precisa passar por procedimentos de revitalização. Não há informações a respeito da disposição atual das unidades, de 30 anos em média.

Até o final do ano terão sido aplicados 17 bilhões de reais no Complexo Naval da Itaguaí, que ocupa uma área de 750 mil metros quadrados. Ao longo de 20 anos o investimento vai chegar a 37 bilhões de reais. Em 2016, a Procuradoria Geral da República determinou investigações sobre um possível superfaturamento de 2,8 bilhões de reais no Prosub.

A Marinha nega, e destaca que “não conhece qualquer irregularidade” nos contratos firmados com a Odebrecht Defesa e Tecnologia, parceira brasileira do Naval Group, francês. As obras são acompanhadas pelo Tribunal de Contas da União (TCU) e por peritos da Fundação Getulio Vargas (FGV).

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