Digital Completo: Assine a partir de R$ 9,90

Líder do PCC morto em SP era suspeito do assassinato de Gegê

Wagner Ferreira da Silva, o Cabelo Duro, tinha ordem de prisão no Ceará pelas mortes de Gegê do Mangue e Paca, no último fim de semana

Por Estadão Conteúdo Atualizado em 23 fev 2018, 22h20 - Publicado em 23 fev 2018, 21h50

O suposto líder do Primeiro Comando da Capital (PCC) na Baixada Santista, Wagner Ferreira da Silva, conhecido como Cabelo Duro, executado nessa quinta-feira, 22, em São Paulo, era suspeito de participar dos assassinatos de Rogério Jeremias de Simone, o Gegê do Mangue, e Fabiano Alves de Souza, o Paca, no último final de semana. A Justiça do Ceará, onde Gegê e Paca foram mortos, havia expedido mandado de prisão temporária contra Cabelo Duro e outras cinco pessoas.

Além dele, os outros suspeitos das mortes dos líderes do PCC são Francisco Cavalcante Cidro Filho José Cavalcante, Samara Pinheiro de Carvalho, Magna Ene de Freitas e Felipe Ramos Morais. Este último é apontado como o piloto do helicóptero que levou Gegê e Paca para serem mortos em Lagoa Encantada, na reserva indígena Jenipapo Kanindé, em Aquiraz, na Região Metropolitana de Fortaleza.

Felipe Morais já é conhecido pela polícia cearense. Em 2014, foi condenado à prisão por tráfico internacional de drogas e associação ao tráfico depois de ser preso, em 2012, com um grupo que transportava 174,8 quilos de pasta-base de cocaína vinda da Bolívia. A droga estava dentro de seis sacos de ráfia. Um dos réus disse, na época, que Felipe e outros dois pilotos presos com ele receberiam 700 reais por quilo transportado.

Ao determinar as prisões de Wagner Ferreira da Silva, Morais e os outros três, a juíza da 1ª Vara da Comarca de Aquiraz afirma tratar-se de “representação por prisão temporária, postulado pela autoridade policial da Delegacia de Representação às Ações Criminosas, com objetivo de elucidar as circunstâncias em que ocorreu o duplo homicídio”.

Cabelo Duro foi citado em bilhete apreendido pela Polícia no domingo, 18, na Penitenciária 2 de Presidente Venceslau (veja abaixo). Ele foi morto na noite dessa quinta, com tiros de fuzil, na frente do hotel Blue Tree Towers, na zona leste da capital paulista.

Continua após a publicidade

Apreendido por agentes penitenciários com o parente de um preso, o bilhete indica que Marcola, chefe do PCC, mandou matar Gegê e Paca, acusados de roubar 20 milhões de reais da organização criminosa e comprar imóveis no Ceará e fazendas na Bolívia. Segundo o bilhete, a operação para matar os dois foi organizada por Gilberto Aparecido dos Santos, o “Fuminho”. Hoje sócio de Marcola, ele era o gerente dos negócios do líder do PCC no Paraguai.

Cabelo Duro é citado duas vezes no bilhete: “Ontem, fomos chamados em umas ideias, aonde nosso irmão Cabelo Duro deixou ‘nois’ ciente que o Fuminho mandou matar o GG e o Paka. Inclusive o irmão Cabelo Duro e mais alguns irmãos são prova que os irmãos estavam roubando (sic)”. Ele foi assassinado hora s depois de o bilhete ser divulgado.

Bilhete apreendido com um visitante na Penitenciária 2 de Presidente Venceslau
Bilhete apreendido com um visitante na Penitenciária 2 de Presidente Venceslau (//Reprodução)
Continua após a publicidade

‘Não haverá guerra’, diz secretário de Segurança

O secretário da Segurança Pública de São Paulo, Mágino Alves Barbosa Filho, disse nesta sexta-feira que não acredita que as mortes de integrantes do PCC deflagrarão uma “guerra” no estado. “É evidente que há um desentendimento. Mas não acreditamos que haverá a guerra, uma guerrilha, no estado. Os reflexos são mais ligados aos próprios integrantes da facção”, afirmou Barbosa Filho.

Ele confirmou que a principal linha de investigação da morte de Cabelo Duro aponta para uma ligação com os assassinatos de Gegê do Mangue e Paca. O secretário disse acreditar que os investigadores devem pedir a prisão de Fuminho, apontado no bilhete como mandante dos crimes.

Mágino Barbosa Filho declarou ainda manter contato com a Secretaria da Administração Penitenciária (SAP) para monitorar os atos do PCC dentro das cadeias paulistas. “Tenho falado com o Lourival (Gomes, secretário da SAP) e não estamos detectando nenhum tipo de anormalidade no sistema prisional. Isso não nos causa inquietação com relação ao risco de movimentos maiores”, disse.

O titular da pasta da Segurança Pública de São Paulo acrescentou que o setor de inteligência e o Departamento de Investigações Criminais (Deic) estão auxiliando as autoridades cearenses a apurarem o duplo assassinato da semana passada.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*
Apenas 9,90/mês*
OFERTA RELÂMPAGO

Revista em Casa + Digital Completo

Receba 4 revistas de Veja no mês, além de todos os benefícios do plano Digital Completo (cada revista sai a partir de R$ 7,48)
A partir de 29,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$118,80, equivalente a R$ 9,90/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.