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Líder de grupo anti-PT é agredido por sem-teto na av. Paulista

Marcello Reis, do Revoltados On Line, que atuou pelo impeachment de Dilma, levou socos e chutes de militantes do MTST acampados na via desde quarta-feira

Por Da Redação
Atualizado em 4 jun 2024, 19h39 - Publicado em 18 fev 2017, 15h06
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  • Marcello Reis, líder do Revoltados On Line, um dos grupos que foram às ruas pelo impeachment de Dilma Rousseff (PT), foi agredido e expulso da avenida Paulista na noite de sexta-feira por militantes do MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem Teto) que estão acampados na via desde quarta-feira, em frente ao escritório da Presidência da República.

    Além de ter participado da coordenação dos protestos que levaram ao afastamento de Dilma, o Revoltados On Line faz, em sua página na internet, campanha pela condenação e prisão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, réu em cinco ações na Justiça, e critica movimentos de esquerda, como o MTST.

     

    Ao ser reconhecido, ele foi hostilizado e empurrado. Enquanto se afastava, caminhando de costas para o grupo, levou chutes e socos e chegou a cair na via, quando continuou a ser agredido. Parte dos militantes do MTST tentou conter a agressão, gritando “para, para” – alguns deles ajudaram Reis a deixar o local.

    Segundo o líder do Revoltados On Line, ele se encontrou com outros militantes do grupo na avenida para retirar o bandeirão verde e amarelo de 80 metros que haviam levado para a avenida em protesto na última quarta-feira e aproveitou para discutir os próximos passos do grupo.

    “Nos reunimos em uma lanchonete na Brigadeiro (Avenida Brigadeiro Luís Antônio) para conversar sobre as próximas ações. Após a conversa, tomei o rumo do Masp (Museu de Arte de São Paulo) e paramos no Charme da Paulista (tradicional bar nas imediações do Masp, a cerca de 300 metros do acampamento do MTST).

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    Ele diz ter sido abordado por “três ou quatro” militantes sem-teto que o teriam chamado de “fascista”. “Falei para eles que, se tivesse que falar com alguém, seria com o Boulos (Guilherme Boulos, líder do MTST). Em nenhum momento, agredi ninguém.” Após as agressões, Reis e outro militante do Revoltados On Line deixaram a avenida.

    Há exatamente um ano, no dia 17 de fevereiro de 2016, Marcello Reis também se envolveu em pancadaria com militantes de esquerda, durante um confronto entre grupos pró e contra o PT em frente ao Fórum Criminal da Barra Funda, na Zona Oeste de São Paulo. Lula e sua mulher Marisa Letícia, que morreu este ano, haviam sido intimados para depor na investigação sobre um apartamento tríplex no Guarujá, conduzida pelo Ministério Público de SP – o casal não compareceu.

    Marcello Reis, líder do Revoltados On-line, ficou com o olho roxo e teve escoriações pelo corpo ao tentar proteger o boneco pixuleco durante protesto em frente ao Fórum Criminal da Barra Funda, na Zona Oeste de São Paulo
    Marcello Reis, líder do Revoltados On-line, após ser agredido em confronto com grupos de esquerda em frente ao Fórum Criminal da Barra Funda, no dia 17 de fevereiro de 2016 (Veja.com/Eduardo Gonçalves/VEJA)

    Na ocasião, Reis ficou com o olho roxo e teve escoriações pelo corpo ao tentar proteger o boneco Pixuleco (uma imitação de Lula com roupa de presidiário). “Tirei um cara que pulou as grades (que separavam os grupos). Aí vieram quatro para cima de mim. Me jogaram no chão. Levei muita botinada na cara”, disse à época.

     

     

    Manifestações

    Grupos de direita de esquerda planejam voltar com força às ruas em março – há pelo menos quatro manifestações previstas. Três delas serão lideradas pela Frente Brasil Popular, movimento de esquerda que reúne entidades como a Central Única dos Trabalhadores (CUT) e o próprio MTST, que deverão ir às ruas nos dias 8, 15 e 24 para protestar contra as reformas trabalhista e da Previdência propostas pelo presidente Michel Temer.

    Outra manifestação será no dia 26 de março, organizada pelos grupos que atuaram pelo impeachment de Dilma, como o Movimento Brasil Livre (MBL), Nas Ruas e Vem Pra Rua. A pauta principal da vez será a defesa do juiz Sergio Moro e da Operação Lava Jato, mas o protesto apoiará também o direito de o cidadão andar armado e as reformas propostas por Temer.

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