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Lessa cita dificuldade inicial para executar plano de matar Marielle

Em delação, assassino confesso da vereadora e do motorista Anderson Gomes detalhou preparativos para o crime, cometido em março de 2018

Por Da Redação Atualizado em 7 jun 2024, 21h40 - Publicado em 7 jun 2024, 21h32
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  • O ex-policial militar Ronnie Lessa, réu confesso do assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, detalhou, em novos depoimentos de delação premiada, a execução do crime, no Rio de Janeiro, em 2018.

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    Os depoimentos foram divulgados nesta sexta-feira, 7, pelo Supremo Tribunal Federal (STF) após o ministro Alexandre de Moraes retirar o sigilo das oitivas que ainda não tinham sido divulgadas.

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    Dificuldades iniciais

    Lessa afirmou que teve dificuldades iniciais para realizar o homicídio. Segundo o ex-PM, Marielle foi seguida até um bar, local que, segundo ele, era de difícil acesso, assim como sua residência, com policiamento.

    “Essas tentativas [em] que nós não conseguimos lograr êxito, levaram a gente a procurar outros meios. Nós tínhamos a informação de um bar que ela frequentava, nós conseguimos localizar esse bar, que é na Praça da Bandeira, ali próximo, só que também [era] outro lugar de difícil. Era uma missão que se tornou difícil”, disse.

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    Marielle e Anderson foram assassinados após a vereadora deixar um evento na Casa das Pretas, no Estácio, bairro do centro do Rio de Janeiro, em 14 de março de 2018.

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    Loteamento como pagamento

    Em outro depoimento, Lessa afirmou que receberia um loteamento em troca da execução de Marielle. Segundo ele, a promessa foi feita pelo ex-policial Edmilson Macalé, que atuava em conjunto com Robson Calixto, o Peixão, outro investigado pela suposta ligação com os irmãos Brazão. Macalé foi assassinado em 2021.

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    “A proposta era matar a vereadora Marielle, e a proposta era que nós ganharíamos um loteamento, eram dois loteamentos em questão, um seria deles, dos mandantes”, afirmou.

    Teste de metralhadora

    Em um dos depoimentos prestados no ano passado, Lessa disse que testou a submetralhadora usada no crime para verificar se o silenciador da arma estava funcionando. Os disparos foram feitos em terreno de área dominada por uma milícia. A arma foi jogada em um córrego da região após o assassinato.

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    “Eu posicionei a metralhadora, engatilhei e disparei. Fiz esse disparo com uma rajada curta. Acredito que uns cinco ou seis tiros, no máximo, tenham sido disparados. Esses projeteis estão alojados na terra”, afirmou.

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    Pós-crime

    O ex-policial ainda complementou que, após executar a vereadora, foi para um bar assistir a um jogo do Flamengo. “Eu peguei meu carro e fui para o Resenha, que é o restaurante. Nesse dia, era o jogo do Flamengo com o Emelec. Nós paramos para assistir, e estava bem cheio”, completou.

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    Os depoimentos divulgados nesta sexta-feira completam a primeira parte da delação, liberada em março deste ano após a prisão dos envolvidos no crime.

    Lessa é um dos delatores do caso Marielle e apontou, em outros depoimentos, os irmãos Brazão como mandantes do assassinato. Segundo o ex-policial, o conselheiro do Tribunal de Contas do Rio de Janeiro Domingos Brazão e o deputado federal Chiquinho Brazão (União-RJ), atuaram como mandantes do homicídio da vereadora. Todos estão presos. A defesa dos detidos nega as acusações.

    (Com Agência Brasil)

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