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Lá da Favelinha: projeto faz conexão entre morro e asfalto em BH

Conheça o centro cultural da Vila Novo São Lucas, em Belo Horizonte, que fortalece o protagonismo de moradores

Por Abril Branded Content
Atualizado em 29 set 2017, 16h20 - Publicado em 28 ago 2017, 22h50

Aos 26 anos, Carlos Eduardo dos Anjos, conhecido como Kdu dos Anjos, criador e gestor do projeto cultural Lá da Favelinha, se diz animado com as mudanças que tem visto acontecer na comunidade em que cresceu. Sediada na Vila Novo São Lucas, uma das oito vilas que formam o aglomerado da Serra, na zona Sul de Belo Horizonte, a iniciativa tem promovido a autoestima e criado oportunidades para a população da Favelinha, maneira como é conhecida uma das ruas da vila, cortada por diversos becos e habitada por cerca de 5.000 moradores.

Cansado de ver o aglomerado ser manchete nas páginas policiais, Kdu se orgulha de, na primeira semana de agosto de 2017, ter assistido a uma matéria de noticiário local sobre a consolidação de DJs e dançarinos da vila como referências no cenário do passinho. “O Lá da Favelinha existe para gerar qualidade de vida e oportunidades para os moradores da comunidade. Por meio de oficinas diversas como de rap, artesanato, línguas estrangeiras e danças urbanas, procuramos incentivar a autoestima e ampliar as possibilidades de futuro para as pessoas que passam por aqui”, explica.

O projeto foi criado em setembro de 2014 como biblioteca e oficina de rap. O número de atividades vem se expandindo desde janeiro de 2015, quando foi realizado o primeiro Rap da Favelinha. Atualmente, a ação oferece 16 oficinas, como as de canto, violão, inglês, espanhol, capoeira e acroyoga (um tipo de yoga acrobática), ministradas por voluntários, moradores do aglomerado e de outros bairros da capital.

Além disso, o projeto realiza eventos dentro e fora da comunidade. Um deles é a Disputa Nervosa, uma batalha de passinho que tem movimentado a cena cultural da cidade; o Favelinha Fashion Week, desfile de moda realizado pelas pessoas do aglomerado, com roupas produzidas ou customizadas pelo grupo; e eventos comemorativos de datas tradicionais do calendário brasileiro, como o Arraiá da Favelinha e o Carnafavelinha.

Registros desses eventos aparecem no Instagram do projeto, em fotos cheias de cores e bom humor. A hashtag #voafavelinha também reúne momentos marcantes para o pessoal envolvido com as atividades.

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Para fortalecer os negócios locais, a iniciativa promove o Fica Rika Favelinha, reunindo os empreendedores da vila de diversos ramos, como culinária, salão de beleza e comércio. Na ocasião, realiza-se um intercâmbio de experiências e estratégias de gestão. A iniciativa busca fortalecer o empreendedorismo local a partir do compartilhamento de desafios e soluções vivenciados pelos moradores nos negócios.

Hoje, aproximadamente 80 pessoas passam semanalmente pela sede do Lá da Favelinha. “De crianças de 8 anos que querem aprender inglês, às pessoas da terceira idade que frequentam as aulas de acroyoga, muita gente da comunidade é beneficiada pelo projeto, seja de maneira direta ou indireta”, diz Kdu.

Um dos desafios tem sido o financiamento do centro cultural. Ainda que as oficinas sejam resultantes de trabalho de voluntários, o espaço conta com despesas fixas para manter as portas abertas. Por isso, foi criado um sistema permanente de captação coletiva de verbas, por meio do qual as pessoas podem doar quantias mensais para o projeto.

Kdu tem muitos planos para o futuro. “Além da expansão do espaço físico, desejo que mais oportunidades sejam geradas dentro e fora da Favelinha, desfazendo o estigma que o morador da periferia é condenado a subempregos e modificando a perspectiva de vida das pessoas”, explica.

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Contribuir com dinheiro é uma maneira legal de ajudar o projeto. É possível ser um financiador do Lá da Favelinha. Mas o ideal é conhecê-lo de perto, principalmente se você não costuma passar por essa parte da cidade. Além de descobrir um lugar novo e se conectar com pessoas talentosas e empreendedoras, participar do Lá da Favelinha é aproveitar uma oportunidade de repensar sua relação com Belo Horizonte. A participação nas oficinas — tanto como aluno quanto como professor — é aberta a todos. #Voafavelinha.

Centro Cultural Lá da FavelinhaRua Doutor Argemiro Rezende Costa, 191, Vila Novo São Lucas

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