Justiça aceita denúncia contra PMs por morte de menina em escola
Segundo a acusação do Ministério Público, Maria Eduarda, de 13 anos, foi baleada quatro vezes pelos policiais durante troca de tiros em operação na Pavuna
![](https://veja.abril.com.br/wp-content/uploads/2017/07/maria-eduarda-rio-de-janeiro-estudante-foi-morta-dentro-da-escola-por-um-tiro-disparado-pela-policc81cia-durante-tiroteio-copy.jpg?quality=90&strip=info&w=1280&h=720&crop=1)
A 3ª Vara Criminal do Rio de Janeiro aceitou denúncia contra os policiais militares Fábio Barros Dias e David Gomes Centeno, acusados de fazer os disparos que mataram a adolescente Maria Eduarda Alves da Conceição, 13 anos, em março deste ano. Maria Eduarda estava dentro da escola quando foi atingida pelos tiros.
Segundo o Ministério Público, durante uma operação policial no Morro da Pedreira, por volta das 16h, os dois acusados se posicionaram em frente à Escola Municipal Jornalista Daniel Piza para abordar criminosos que pudessem fugir por aquela rua. A escola funcionava normalmente, já que era uma quinta-feira em horário escolar.
Quando criminosos armados chegaram ao muro da escola, fugindo da operação, os policiais, armados com fuzis, atiraram contra eles, na direção da unidade de ensino. Segundo o MP, quatro desses tiros atingiram Maria Eduarda. De acordo com a denúncia apresentada, os policiais tinham consciência do risco de atingir as pessoas que estavam dentro da escola.
Insegurança
A adolescente foi mais uma vítima da grave onda de violência que atinge o Rio de Janeiro. Em julho, o presidente Michel Temer (PMDB) assinou um decreto de Garantia da Lei de da Ordem que autorizou o emprego de 8,5 mil militares das Forças Armadas para reforçar a segurança dos cariocas.
O reforço conta ainda com 620 militares da Força Nacional de Segurança e 1.120 da Polícia Rodoviária Federal, distribuídos em avenidas e outras vias de acesso. Os agentes ficarão na cidade até dezembro de 2018.
(Com Agência Brasil)