O jornalista, escritor e crítico da música brasileira Sérgio Cabral morreu na manhã deste domingo, 14, aos 87 anos. A informação foi confirmada por seu filho, Sérgio Cabral Filho, ex-governador do Rio de Janeiro, nas redes sociais.
O jornalista estava internado em um hospital. “Ele resistiu por três meses e peço a vocês que orem por ele, pela alma dele”, disse Sérgio Cabral Filho. “Tudo o que ele fez no Rio de Janeiro, no Brasil, na música, pelo futebol, o que ele fez com a família linda que construiu, nos ensinou a ser vascaínos, amar a música, rejeitar o preconceito e amar o Rio.”
Cabral trabalhou em quase todos os jornais do Rio de Janeiro e foi um dos fundadores do Pasquim, em 1969. Chegou a ser preso por dois meses pela ditadura militar por causa da publicação.
Atuou como produtor de discos, compositor, crítico musical e publicou diversos livros sobre música brasileira, como Pixinguinha, Vida e Obra (1977), No Tempo de Ari Barroso (1993), A Música Popular Brasileira na Era do Rádio (1996) e Nara Leão – Uma biografia (2001). Com Rosa Maria Araújo, dirigiu em 2007 o musical Sassaricando – E o Rio Inventou a Marchinha.
Na política, foi eleito vereador do Rio em 1982 e reeleito em 1988. Atuou na elaboração da Lei Orgânica do Município e do Plano Diretor da cidade.