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Joesley ironiza Ministério Público: ‘Somos a joia da coroa deles’

Avaliação sobre o poder de estrago da delação da JBS está em conversa gravada entre Joesley Batista e Ricardo Saud

Por Laryssa Borges Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO , Hugo Marques Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 5 set 2017, 12h26 - Publicado em 5 set 2017, 12h26
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  • Ciente do poder de fogo que teria caso fechasse um acordo de delação premiada, o empresário Joesley Batista, dono da JBS, disse que era a “joia da coroa” para o Ministério Público. As revelações foram feitas em uma conversa gravada, aparentemente por acidente, com o diretor de Relações Institucionais da empresa Ricardo Saud.

    Todos os delatores da JBS deveriam ter entregado até a semana passada novas provas que corroborassem depoimentos que já haviam prestado ao Ministério Público. Porém, há indicativos de que ambos não sabiam manejar o gravador e, por isso, conversas comprometedoras, como a atuação do ex-procurador Marcelo Miller e até uma eventual ofensiva contra o Supremo Tribunal Federal (STF), foram registradas sem intenção. VEJA teve acesso com exclusividade à integra das conversas.

    “Ricardo, nós somos joia da coroa deles. O Marcelo (Miller, ex-procurador) já descobriu e já falou com o Janot: ‘Ô Janot, nós temos o pessoal que vai dar todas as provas que nós precisamos e ele já entendeu isso’”, relata Joesley. Miller foi braço direito do procurador-geral Rodrigo Janot por cerca de três anos, pediu desligamento do Ministério Público e, na sequência, passou a trabalhar na banca Trench, Rossi & Watanabe, que cuidava do acordo de leniência da JBS. Diante das informações, Janot considera que Miller pode ter praticado crime ao atuar duplamente tanto no Ministério Público quanto em benefício da JBS.

    Nas conversas, Joesley Batista projeta com Saud um futuro sem a pecha de delator. “Nós vamos tocar esse negócio. Nós vamos sair lá na frente. Nós vamos sair amigos de todo mundo. E nós não vamos ser presos. Pronto. E nós vamos salvar a empresa”, afirma.

    Entre os principais pontos da delação premiada de Joesley Batista e dos executivos da JBS está a revelação de que, conforme a versão do dono da JBS, em 2017 o presidente Michel Temer pediu “vantagem indevida” para resolver um assunto de grande interesse do grupo – o fim do monopólio da Petrobras no fornecimento de gás natural. O auxílio também se estenderia a outras demandas da companhia, como o “destravamento das compensações de créditos de Pis/Cofins com débitos do INSS”. O presidente da República, segundo ele, receberia 5% dos valores em questão. Joesley Batista cita ainda o repasse, em 2014, de valores próximos a 15 milhões de reais para Temer “em troca da atuação favorável aos interesses do grupo J&F”. A J&F é a holding da qual faz parte o frigorífico JBS.

    Ricardo Saud já havia afirmado, em depoimento prestado à Procuradoria-Geral da República, que o presidente Michel Temer pediu a entrega de 1 de milhão de reais, em dinheiro vivo, numa empresa do coronel aposentado João Baptista Lima. O militar, amigo de Temer, é um dos homens de confiança do presidente.

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