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João Doria diz que irá acabar ‘em breve’ com a cracolândia

Prefeito diz esperar que cenas de usuários se drogando nas ruas do centro de São Paulo, ‘uma imagem ruim para a cidade’, se transformem em ‘algo do passado’

Por Da Redação
Atualizado em 7 fev 2017, 16h29 - Publicado em 7 fev 2017, 14h19

O prefeito de São Paulo, João Doria (PSDB), prometeu nesta terça-feira acabar “em breve” com a cracolândia, tradicional ponto de consumo de drogas – principalmente crack – na região central de São Paulo. Com a implementação do programa Redenção, que, segundo ele, deve ocorrer até junho, o tucano disse que os dependentes químicos não ficarão mais na rua. A remoção, afirma, será feita de forma “humanitária” e terá caráter contínuo, para evitar o retorno dos usuários de droga às ruas.

“Não vão ficar na rua. Eles receberão o tratamento clínico necessário e o atendimento social que devem ter”, afirmou o prefeito, após uma reunião de cerca de duas horas e meia na Secretaria de Estado da Segurança Pública. Para o tucano, a presença de dependentes químicos nas ruas do centro é “uma imagem ruim para as pessoas, para a cidade e para o Brasil”.

“Esta imagem, nós esperamos que, dentro em breve, seja algo do passado. E que as pessoas que ali estão, como psicodependentes, possam ter o seu atendimento clínico, o resgate da própria vida, uma oportunidade ao emprego e, com isso, a chance de cidadania que hoje não têm, infelizmente”, disse, ressaltando que os criminosos da cracolândia “terão a força da lei” e serão presos.

A ação será coordenada pela Secretaria de Desenvolvimento Social do Município e do Estado e pela Secretaria de Saúde da Prefeitura e do Estado. Esta foi a terceira reunião sobre o programa Redenção. A próxima ocorrerá no dia 13 de março. “Ainda neste semestre a ação será implementada, mas sempre com muito diálogo e com uma ação feita de forma humanitária e do ponto de vista medicinal, como recomendam as boas práticas”, disse o prefeito.

Além dos secretários estaduais da Segurança Pública, Mágino Alves, e do Desenvolvimento Social, Floriano Pesaro, participaram da reunião os secretários municipais da Saúde, Wilson Pollara, e de Assistência e Desenvolvimento Social, Soninha Francine, além do presidente da Ordem dos Advogados do Brasil de São Paulo (OAB-SP), Marcos da Costa.

‘A cracolândia já acabou’

A cracolândia, que tem seu epicentro no entorno da estação Júlio Prestes e se espalha por vias como Ipiranga, São João, Duque de Caxias, Rio Branco e Cásper Líbero, começou a ganhar corpo na década de 1990 e, desde então, desafiou todos os prefeitos e governadores, que lançaram vários programas para tentar resolver – ou equacionar –  a questão, nenhum deles a ponto de acabar com sua existência.

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Em janeiro de 2012, a então secretária de Estado da Justiça de São Paulo, Eloisa de Sousa Arruda, integrante do governo Geraldo Alckmin (PSDB), chegou a cravar, em meio a implantação de programas na região, que a cracolândia já tinha acabado.

“A cracolândia já acabou. A cracolândia não existe mais”, afirmou, durante um evento na OAB. “O que nós podemos ter são pessoas alvo de traficantes, e eles vão continuar na nossa mira. Não vamos dar sossego para eles. Quero deixar bem claro: a cracolândia em São Paulo acabou”, disse.

(Com Estadão Conteúdo)

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