Black Friday: Revista em casa a partir de 8,90/semana
Continua após publicidade

‘Jamais colocaria minha biografia em risco’, diz Temer em vídeo

Presidente afirma que nunca participou de reunião com diretores da Odebrecht que sacramentou doação de US$ 40 milhões ao PMDB, como relataram delatores

Por Da Redação
Atualizado em 13 abr 2017, 18h45 - Publicado em 13 abr 2017, 17h38

O presidente da República, Michel Temer (PMDB), gravou um vídeo de um minuto e nove segundos nesta quinta-feira para se defender da acusação de que teria participado de uma reunião com representantes da Odebrecht para discutir repasse de dinheiro a campanhas eleitorais do PMDB. Na época, ele era presidente do partido e candidato a vice-presidente na chapa liderada por Dilma Rousseff (PT).

A acusação foi feita por dois ex-diretores da Odebrecht – Rogério Araújo e Márcio Faria – em delação premiada homologada pelo ministro Edson Fachin, relator da Operação Lava Jato no Supremo Tribunal Federal. Segundo os diretores, o presidente teria participado de encontro em São Paulo, que ainda teve a presença do ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha (PMDB-RJ), do ex-ministro do Turismo Henrique Alves (PMDB) e do operador João Augusto Henriques.

Na reunião, teria ficado acertado que a Odebrecht pagaria 40 milhões de dólares, o equivalente a 4% de um contrato obtido pela construtora junto à Petrobras. O encontro teria acontecido em uma casa na Praça Panamericana, em Alto de Pinheiros, no dia 14 de julho de 2010. A história foi revelada por VEJA em dezembro do ano passado.

“Meus amigos, eu não tenho medo dos fatos, nunca tive. O que me causa repulsa é a mentira. É fato que participei de uma reunião em 2010 com o representante de uma das maiores empresas do país. A mentira é que nessa reunião eu teria ouvido referência a valores financeiros ou a negócios escusos da empresa com políticos”, afirmou o presidente no vídeo.

Segundo ele, “isso[pedido de dinheiro à Odebrecht] jamais aconteceu, nem nessa reunião, nem em qualquer outra reunião que eu tenha feito ao longo de minha vida pública com qualquer pessoa física ou jurídica. Jamais colocaria a minha biografia em risco. O verdadeiro homem público tem que estar à altura dos seus desafios, que envolve bons momentos e momentos de profundo desconforto”, afirmou o presidente.

Continua após a publicidade

Investigação suspensa

Embora ele não tivesse se transformado em alvo de inquérito – o presidente tem a prerrogativa constitucional de só responder por atos cometidos no mandato e, por isso, as investigações contra ele foram suspensas por Fachin -, Temer disse esperar que a Justiça o inocente da acusação. “A minha maior aliada é a verdade, matéria-prima do Poder Judiciário, que revelará toda a verdade dos fatos”, afirmou.

Na delação premiada, Araújo diz que a reunião foi comandada por Cunha, que em nenhum momento citou o pagamento de propina. Segundo ele, o ex-presidente da Câmara falou que estava acompanhando de perto a licitação do projeto PAC-SMS e que a Odebrecht estava bem posicionada. E que gostaria de contar com o apoio da empresa ao PMDB.

Araújo afirmou que entendeu o recado de Cunha e afirmou que a empresa honraria todos os compromissos assumidos, ou seja, o pagamento de 4% de propina para o partido. De acordo com o delator, Temer assentiu falando que ficava feliz e que a Odebrecht era uma grande empresa preparada para trabalhar no exterior. “Fica subentendido que a cúpula estava abençoando o projeto”, afirmou em depoimento à força-tarefa da Lava Jato.

Continua após a publicidade

Na quarta-feira, a Secretaria Especial de Comunicação Social da Presidência da República já havia emitido nota sobre as declarações do delator, dizendo que Temer “jamais tratou de valores com o senhor Márcio Faria”. “A narrativa divulgada hoje não corresponde aos fatos e está baseada em uma mentira absoluta. Nunca aconteceu encontro em que estivesse presente o ex-presidente da Câmara Henrique Alves, com tais participantes”, disse a nota.

O que realmente ocorreu foi que, em 2010, na cidade de São Paulo, Faria foi levado ao presidente pelo então deputado Eduardo Cunha. A conversa, rápida e superficial, não versou sobre valores ou contratos na Petrobras. E isso já foi esclarecido anteriormente, quando da divulgação dessa suposta reunião”, afirma outro trecho da nota.

 

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Semana Black Friday

A melhor notícia da Black Friday

BLACK
FRIDAY

MELHOR
OFERTA

Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

Apenas 5,99/mês*

ou
BLACK
FRIDAY
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba 4 Revistas no mês e tenha toda semana uma nova edição na sua casa (a partir de R$ 8,90 por revista)

a partir de 35,60/mês

ou

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a 5,99/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.