O inverno começa às 12h54 desta sexta-feira, 21, e, segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), deve registrar temperaturas acima da média nas regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste. A estação se encerra na madrugada do dia 23 de setembro, quando dá lugar à primavera.
O El Niño vem influenciando o clima no Brasil desde o verão de 2019, e sua influência ainda será sentida nos meses de inverno. Um dos efeitos do fenômeno, que é o aquecimento acima do normal da porção central e leste do oceano Pacífico Equatorial, na altura da costa do Peru, é dificultar a entrada do ar frio de origem polar sobre o interior do Brasil.
Durante este inverno, quase todas as ondas de frio vão ser desviadas para o oceano. Com poucas incursões de ar frio pelo interior do país, o inverno de 2019 terá poucos dias com frio intenso e deve terminar com temperaturas acima da média. O que vai predominar é a sensação de outono, com tardes relativamente quentes e noites amenas, eventualmente frias no Sul, no Sudeste e em parte do Centro-Oeste.
A estação também tem como característica a redução de chuvas nas três regiões e em partes do Nordeste e do Norte do Brasil. Com a diminuição da temperatura, ocasionada pelas massas de ar frio do sul do continente, amplia-se a probabilidade de ocorrerem geadas nas regiões Sul e Sudeste e em Mato Grosso do Sul, além da queda de neve nas áreas serranas e planaltos do Sul do país e friagem em Rondônia, no Acre e no sul do Amazonas.
As condições típicas da estação, que incluem inversões térmicas durante as manhãs, também podem produzir a formação de nevoeiros e névoa úmida nos estados do Sul, Sudeste e Centro-Oeste.
Queimadas
Outro fenômeno que o inverno favorece são as queimadas e os incêndios florestais em determinados pontos do país. De acordo com o Inmet, as probabilidades de que ocorram são maiores na Região Norte, entre a metade do inverno e o início da primavera.
Para o Centro-Oeste, a previsão é de que os incêndios florestais serão propícios devido à conjugação de três fatores: a baixa umidade relativa do ar, a menor ocorrência de chuvas e as temperaturas acima da média, que devem marcar, principalmente, os meses de agosto e setembro. Na região, a previsão é de que a umidade relativa do ar fique abaixo de 30%, tendo, em alguns momentos, picos mínimos abaixo de 20%.
Quanto à Região Sul, o instituto prevê que a maior frequência das frentes frias contribuirá para variações nas temperaturas ao longo do trimestre e antecipa que as temperaturas médias devem permanecer acima da média climatológica. A exceção é a metade sul do Rio Grande do Sul e o leste de Santa Catarina, onde o inverno deverá ocorrer dentro da normalidade. Para essas duas áreas, estima-se que as temperaturas atinjam valores abaixo de zero grau em áreas serranas e planalto, principalmente no mês de julho.