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Governo comemora a retomada da reforma agrária

Número de famílias assentadas subiu 96% em relação a 2022, último ano do governo Bolsonaro, mas ainda não atende à expectativa do MST

Por Hugo Marques Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 20 dez 2023, 19h09
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  • O Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) está finalizando o balanço de suas atividades no primeiro ano do governo Lula. Segundo levantamento feito até o dia 19 de dezembro, o órgão assentou 14.024 famílias, um aumento de 96,7% em relação a 2022, último ano do governo de Jair Bolsonaro.

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    O número de famílias assentadas ainda está longe da reivindicação dos movimentos do campo. O MST calcula que há cerca de 60 mil famílias acampadas em todo o país e reivindica o assentamento de pelo menos 1 milhão de famílias nos próximos três anos.

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    O governo petista sempre deu atenção às demandas do MST. Somente em 2006, último ano do primeiro mandato de Lula, foram assentadas 136 mil famílias no campo. Nos dois primeiros mandatos, entre 2003 e 2010, foram assentadas 614 mil famílias no total.

    As estatísticas mostram que o governo de  Fernando Henrique Cardoso assentou 540 mil famílias em seus oito anos de mandato. Dilma Rousseff, que ocupou o Palácio do Planalto por seis anos, o número de assentados chegou a 133 mil famílias. No curto mandato de Michel Temer, 11 mil famílias foram agraciadas. Bolsonaro terminou o governo com 21 mil famílias assentadas.

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    A principal dificuldade do governo Lula para deslanchar a reforma agrária nesse terceiro mandato, de acordo com o Incra, foi o orçamento limitado, estipulado em 2022, no final do governo Bolsonaro, de pouco mais de 250 milhões de reais. Outra dificuldade,  segundo técnicos, foi o sucateamento do órgão.

    Durante o governo Bolsonaro, a prioridade era a concessão de títulos rurais, mecanismo pelo qual o assentado torna-se o verdadeiro dono da terra. O MST, porém,  tem restrições a essa modalidade, já que muitos assentados abandonam o movimento e costumam vender a propriedade.

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    VEJA O NÚMERO DE FAMÍLIAS ASSENTADAS A CADA ANO:

    1995 –    42.912

    1996 –    62.044

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    1997 –    81.944

    1998 –  101.094

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    1999 –    85.226

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    2000 –    60.521

    2001 –    63.477

    2002 –    43.486

    2003 –    33.301

    2004 –    81.254

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    2005 –  127.506

    2006 –  136.358

    2007 –    67.535

    2008 –    70.157

    2009 –    55.498

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    2010 –    39.479

    2011 –    22.021

    2012 –   23.075

    2013 –   30.239

    2014 –   32.019

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    2015 –   26.335

    2016 –     1.686

    2017 –     1.205

    2018 –     8.910

    2019 –     5.312

    2020 –     3.821

    2021 –     5.148

    2022 –     7.127

    2023 –   14.024

     

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