Google tira do ar jogo ‘Simulador de Escravidão’
No aplicativo, era possível torturar e explorar a mão de obra de pessoas escravizadas

O Google removeu de sua loja de aplicativos um jogo chamado “Simulador de Escravidão”, o qual o jogador emulava ser um dono de pessoas escravizadas. Dentro das opções, era possível torturar e usar da mão de obra de pessoas negras para conquistar dinheiro dentro do jogo. A ação da empresa veio após o surgimento de denúncias de usuários contra o game. O Google tem sido alvo de críticas após sua ofensiva contra o Projeto de Lei 2630/2020, conhecido como Projeto de Lei das Fake News.
Antes de ser excluído, o aplicativo, que constava na loja Play Store, da Google, contou com mais de mil downloads desde o dia de seu lançamento, no início desta semana. A produtora do game, MagnusGames chegou a definir que o “Simulador de Escravidão” era um “jogo criado para fins de entretenimento” e que condena a escravidão no mundo real.
O deputado federal Orlando Silva (PCdoB), relator do PL das Fake News, que busca regular os espaços públicos digitais e atuação das bigtechs no controle das publicações, aproveitou da polêmica para defender o projeto como forma de frear o surgimento de conteúdos e aplicações que infrinjam os direitos humanos. “A regulação das plataformas digitais é um imperativo da civilização contra a barbárie”, escreveu em seu perfil do Twitter.
Em nota, a Google disse a VEJA que o aplicativo foi removido da loja. “Temos um conjunto robusto de políticas que visam manter os usuários seguros e que devem ser seguidas por todos os desenvolvedores. Quando identificamos uma violação de política, tomamos as ações devidas”, ressaltou a assessoria da empresa.