O governador do Pará, Helder Barbalho (MDB), disse, em entrevista coletiva neste sábado, 6, que pelo menos cinco pessoas estão desaparecidas após a queda de parte da ponte da Alça Viária, que fica sobre o rio Moju, no interior do Pará. As vítimas estavam entre os tripulantes de uma balsa que atingiu um dos pilares da terceira das quatro estruturas do complexo.
As primeiras informações dão conta de que a embarcação, que transportava dendê, teria perdido o controle. “Houve uma primeira tentativa de frear a balsa, mas não teria sido exitosa. Na segunda, teria paralisado o motor da balsa e, a partir daí, ela ficou à deriva e colidiu com a ponte”, detalhou o governador, com base no relato de um trabalhador que estava no local.
Ainda segundo essa mesma testemunha, dois carros de passeio passavam pela parte afetada no momento da queda. No acidente, 200 dos 860 metros da ponte desabaram. “Estamos com a equipe do Corpo de Bombeiros fazendo as buscas e também solicitamos à Capitania dos Portos, que já está indo [ao local] com uma embarcação [equipada] com radar para colaborar”, afirmou o governador.
Helder Barbalho disse ainda que a Polícia Civil já está investigando o caso e que proprietária da balsa já teria sido contatada e estaria indo ao local para prestar esclarecimentos. A ponte fica na rodovia PA-483 e liga a região metropolitana de Belém ao interior do estado.
Para minimizar os problemas de deslocamento no local, as operadoras de balsas da região, que normalmente atuam com três embarcações de hora em hora e uma em regime de espera, passarão a atuar com oito embarcações 24 horas por dia. “A partir de agora, não haverá mais horário fixo para as saídas de balsas. Encheu (de passageiros), saiu”, disse Barbalho.
Emergência
Por causa da situação, o governador decretará ainda hoje estado de emergência no Pará. “Isso nos dará mais agilidade frente as demandas que estão surgindo”, justificou. Também como parte das providências tomadas pelo governo do estado, serão colocadas defensas – protetores de pilares – em todas as pontes do complexo da alça viária. “Essa ponte atingida não tinha defensa e nós havíamos colocado sinalização, que também não existia. Estamos em fase de contração das defensas, mas vamos fazer no critério de contratação de emergência por causa da excepcionalidade do caso”, afirmou.
Barbalho também vai autorizar obras para que a Estrada do Quilombola seja uma alternativa para veículos de passeio e ônibus. “Isso vai requerer a construção de uma ponte que já foi autorizada”, acrescentou.