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Chuva causa deslizamentos, derruba ciclovia e mata ao menos 5 no Rio

Um gabinete de crise foi montado para buscar desaparecidos; o prefeito Marcelo Crivella decretou luto de três dias pelas vítimas

Por Da Redação Atualizado em 7 fev 2019, 09h40 - Publicado em 7 fev 2019, 00h00

A Prefeitura do Rio de Janeiro confirmou que ao menos cinco pessoas morreram em decorrência do forte temporal que atingiu a cidade na noite desta quarta-feira, 6. A chuva causou deslizamentos, quedas de árvores, alagamentos em ruas e em estabelecimentos comerciais, interditou vias e deixou bairros às escuras. Há pelo menos um desaparecido.

Duas das mortes foram registradas em um deslizamento na Barra de Guaratiba, na Zona Oeste, que causou o desabamento de uma casa. Outro óbito ocorreu também em um deslizamento, na Rocinha, Zona Sul da cidade. Uma vítima também foi registrada no Vidigal.

Na Avenida Niemeyer, o trecho de uma ciclovia desabou e um ônibus tombou, atingido por um deslizamento de terra e por uma árvore. O motorista conseguiu escapar, mas ele relatou que duas outras pessoas estavam a bordo. Um corpo foi retirado do veículo pela manhã. O outro passageiro é considerado desaparecido pela prefeitura.

O município entrou em estágio de crise (o mais grave) às 22h15 e permaneceu nessa situação durante a madrugada, mesmo com chuvas mais fracas. O prefeito Marcelo Crivella (PRB) decretou luto oficial de três dias pelas fatalidades.

“A chuva surpreendeu até meteorologistas, mas temos 600 agentes trabalhando para que amanhã a cidade tenha todas as vias liberadas. Surpreendeu a velocidade dos ventos, tivemos alguns de 110 km/h, algo próximo de um tufão”, declarou o prefeito do Rio de Janeiro, Marcelo Crivella, em entrevista à Globo News.

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Mais cedo, Roberto Robday, secretário de Defesa Civil, prestou depoimento à mesma emissora: “Em alguns lugares, choveu mais de 130 milímetros em apenas quatro horas, principalmente no entorno da Rocinha e do Vidigal. Em São Conrado a situação também é crítica. É a chuva esperada para o mês inteiro de fevereiro”.

Um gabinete de crise foi montado pela prefeitura, com representantes do governo estadual, para reparar os danos à região.

O estágio de crise é adotado quando “há previsão de chuva forte, ocasionalmente muito forte nas próximas horas, podendo, inclusive, causar múltiplos alagamentos e deslizamentos, além de transtornos generalizados em uma ou mais regiões da cidade”, segundo a Prefeitura. Quando esse estágio é atingido, as equipes de emergência já estão espalhadas pelas ruas atuando para amenizar os efeitos da chuva.

Praça Afonso Pena, na Tijuca, zona norte do Rio de Janeiro, fica alagada após chuva forte no Rio (Marcelo Fonseca/Folhapress)

Conforme o Centro de Operações da Prefeitura, das 18h às 22h30 as áreas com chuva mais volumosa foram a Rocinha, na Zona Sul, com 132,2 mm; o Vidigal, na mesma região, com 127,6 mm; e a região do Itanhangá, na Barra da Tijuca (zona oeste), com 122,8 mm.

Na Rocinha foram acionadas sirenes orientando moradores a procurarem abrigos fora de casa, devido aos riscos de desabamento e deslizamento. A estrada Grajaú-Jacarepaguá foi interditada no sentido Grajaú (Zona Norte), a partir da subida pela Freguesia (Zona Oeste), devido à queda de uma árvore, por volta das 23h. No mesmo momento, faltava luz em vários trechos da cidade, como em parte do bairro do Grajaú, na zona norte.

Cerca de uma hora antes, o serviço de ônibus do BRT Transoeste foi interrompido por conta de alagamentos e da queda de uma árvore, que atingiu a pista na altura da estação Santa Veridiana.

A prefeitura informou que das 19h às 21h27 recebeu seis pedidos de vistoria em desabamentos de estruturas e um de vistoria em imóvel com infiltrações. A administração não informou quais são as estruturas que teriam desabado nem registrou que tenha havido vítimas.

(Com Estadão Conteúdo)

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