Uma megaoperação entre as Forças Armadas e as polícias federal e estadual foi desencadeada na madrugada deste sábado para o combate ao roubo de cargas e tráfico de drogas no Rio de Janeiro. A operação Onerat (carga, em latim) é o início da segunda fase da operação integrada das forças de segurança com o governo federal e pretende cumprir 55 mandados – 40 de prisão e 15 de busca e apreensão.
No início da ação, um homem foi baleado durante a chegada das forças de ocupação do morro São João e foi levado para o Hospital Municipal Salgado Filho, no Méier, com ferimentos, e morreu.
Ao todo, 3.600 homens participam da ação que, segundo a Secretaria de Estado de Segurança (Seseg), está com agentes atuando nos Complexos do Lins e Camarista Méier, na Zona Norte, nos Morros de São João, no Engenho Novo, também na Zona Norte e Covanca, em Jacarepaguá, na Zona Oeste. As Forças Armadas são responsáveis pelo cerco em algumas dessas regiões e baseadas em pontos estratégicos. Algumas ruas estão interditadas e os espaços aéreos estão controlados para aeronaves civis nas áreas sobrepostas aos setores de atuação das Forças Armadas. De acordo com comunicado do órgão, não há interferência nas operações dos aeroportos.
A Estrada Grajaú-Jacarepaguá, que liga os bairros do dois bairros do Norte e do Oeste da cidade, está fechada ao tráfego de veículos nos dois sentidos, por medida de segurança. Tropas federais ocupam a estrada, que é um dos acessos ao Complexo do Lins. A melhor opção para os motoristas é utilizar a Linha Amarela ou quem preferir seguir pelo bairro do Méier, Estrada Intendente Magalhães, Praça Seca e Jacarepaguá.
O Colégio Pedro II, unidade Engenho Novo, está com as aulas suspensas hoje, por medida de segurança, porque fica na Rua Barão do Bom Retiro, nas proximidades do morro Sao João.
Vários helicópteros das forças de segurança sobrevoam desde a madrugada o Complexo do Lins e o Morro Camarista Méier. Os ônibus urbanos que cortam essas regiões da cidade estão sendo revistados pelos policiais. Todos são obrigados a descer dos coletivos, sofrem revista pessoal e são obrigados a mostrar as bolsas aos policiais.
A operação é composta pelas polícias Civil e Militar, com o apoio do Comando Militar do Leste, da Polícia Federal, da Polícia Rodoviária Federal e da Força Nacional de Segurança Pública.
(Com Agência Brasil)