Forças Armadas usarão 9 mil homens para reforçar segurança no Rio
Tropas federais ficarão no estado até o próximo dia 22, mas prazo pode ser prorrogado; governo estadual queria contingente nas ruas até depois do Carnaval
As Forças Armadas vão empregar 9.000 militares a partir desta terça-feira na segurança pública do Rio de Janeiro, atendendo a um pedido do governador Luiz Fernando Pezão (PMDB), e permanecerão nas ruas do estado, a princípio, até o próximo dia 22, apesar de pedido do governo fluminense para que as tropas ficassem até o dia 5 de março, após o Carnaval.
Segundo o ministro da Defesa, Raul Jungmann, normalmente as GLOs (Garantias da Lei e da Ordem), documentos assinados pelo presidente da República que dão poder de polícia aos militares, têm duração de oito a dez dias. O ministro afirmou que, ao final do prazo da atuação dos militares, será feita uma reavaliação para estudar a necessidade da extensão do prazo de permanência.
“Não existe nenhum descontrole, insuficiência de meios e incapacidade dos órgãos de segurança pública do Rio para manutenção da lei e da ordem, diferentemente do Espírito Santo”, disse Jungmann, referindo-se à paralisação da Polícia Militar capixaba iniciada há mais de uma semana. O ministro ressaltou que “o policiamento (do Rio) está com 95 por cento da tropa nas missões”.
O número de militares que patrulharão o Rio de Janeiro nos próximos dias é pouco menor que o total do efetivo da Polícia Militar do Espírito Santo, que conta com 10.300 homens, dos quais 2.000 estão diariamente nas ruas. Durante a greve de PMs, Vitória recebeu 3.500 militares para auxiliar na segurança pública.
“Nossa presença se dá para liberar efetivos da PM por causa de manifestações e sobrecarga por conta dos turnos da polícia. É um caráter preventivo e é para liberar contingente da PM”, afirmou Jungmann.
Desde a semana passada, mulheres de PMs fazem atos e protestos na porta de quartéis no Rio de Janeiro e há tensão por conta da votação de projetos importantes do pacote de austeridade apresentado pelo governo para tentar minimizar a crise financeira no Estado.
(com Reuters)