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Fazenda e Banco Central estão preocupados com espionagem

Servidores da área técnica pretendem instalar aparelhos que impedem gravações nos principais gabinetes dos dois órgãos

Por Hugo Marques Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 11 Maio 2025, 10h41

As áreas de segurança do Ministério da Fazenda e do Banco Central estão consultando empresas que comercializam aparelhos de contraespionagem.

Os dois órgãos pretendem comprar equipamentos que impedem gravações ambientais. A ideia é aumentar a segurança e a proteção contra vazamentos de informação.

Os equipamentos que estão sendo cotados neutralizam completamente gravações ambientais, anulando a ação de microfones e sistemas de armazenagem de dados.

A ideia é instalar esses aparelhos nos gabinetes do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e do presidente do BC, Gabriel Galípolo, além de salas de reuniões, como a do Conselho de Política Monetária (Copom), onde são definidas as taxas de juros.

Nos últimos dias, o ministério e o banco fizeram consultas à empresas especializadas nesse tipo de equipamento. Os mais sofisticados podem custar até 250 mil reais.

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“Esses aparelhos vão evitar, por exemplo, que alguém use um gravador ou um celular para gravar uma conversa do ministro”, explica um especialista.  “A pessoa que tentar só vai ouvir chiados”, ressalta.

Pasta de Haddad informa que trata-se de medida preventiva

Consultado sobre a aquisição de aparelhos que evitam as gravações ambientais, o Ministério da Fazenda confirmou a iniciativa: “O Ministério da Fazenda autorizou a equipe de segurança a estudar a viabilidade de aquisição de aparelhos de proteção contra gravação ambiental. Trata-se de uma medida preventiva, sugerida por profissionais da área de segurança, com o objetivo exclusivo de reduzir riscos. Não há, até o momento, qualquer decisão sobre a compra dos equipamentos”.

Tanto na Fazenda quanto no Banco Central são discutidos assuntos de extrema delicadeza e de grande interesse. Uma informação vazada ou captada sem autorização é valiosa e pode ser usada para muitos fins, incluindo para a especulação financeira. Pode também colocar uma política pública a perder. A preocupação, por isso, é bastante compreensível.

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Fernando Haddad já reclamou algumas vezes de vazamento de informações do Ministério da Fazenda — particularmente quando se discutia o arcabouço fiscal e o projeto da redução da alíquota do Imposto de Renda para quem ganha até 5 000 reais por mês. Mas isso — descobriu depois — nada tinha a ver com espionagem.

Eram vazamentos promovidos pelos próprios aliados.

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