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Famílias de vítimas de massacre em Suzano fecham acordo de indenização

Todas as 18 famílias dos estudantes vítimas do massacre na Escola Raul Brasil serão indenizadas pelo estado: valor pago a 45 pessoas é mantido em sigilo

Por Da Redação
5 jun 2019, 20h30
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  • Todas as famílias dos estudantes vítimas do massacre na Escola Estadual Raul Brasil, em Suzano, na região metropolitana de São Paulo, fizeram acordos extrajudiciais de indenização com o estado. Segundo a Defensoria Pública paulista, 45 pessoas ao todo foram indenizadas. O ataque ocorreu no dia 13 de março, deixando dez mortos, incluindo os dois atiradores.

    As indenizações foram para 18 famílias (de cinco estudantes e duas funcionárias que morreram e de 11 alunos que sofreram lesões). Os valores pagos são sigilosos, conforme acordo entre a Defensoria e a Procuradoria-Geral do Estado. O pedido de sigilo, segundo a Defensoria, também foi feito pelas próprias famílias.

    No dia do ataque, os atiradores G. T. M., 17 anos, e Luiz Henrique de Castro, 25, entraram na escola na hora do intervalo. Eles já haviam matado o tio de G.T.M. com três tiros pelas costas em uma revendedora de carros a 750 metros do local.

    Na unidade, atiraram contra estudantes e funcionárias e agrediram alunos com uma machadinha. Sete estudantes e duas funcionárias foram mortos. Os atiradores também morreram.

    Em 6 de abril, o governo de São Paulo publicou os critérios para as indenizações. O texto estabelecia prazo de 60 dias para que cada família decidisse se optaria ou não pela proposta de indenização apresentada.

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    Segundo a Defensoria, cinco dias depois, 11 estudantes feridos no ataque passaram por avaliações física e psicológica de peritos do Instituto de Medicina Social e de Criminologia de São Paulo (Imesc). Os laudos embasaram a definição de valores e acordos indenizatórios.

    Responsabilidade

    O Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) aceitou denúncia por homicídio e venda ilegal de arma de fogo contra quatro homens, acusados de vender o revólver calibre 38 e munições usados no massacre. Os réus vão responder por dez assassinatos (incluindo os dois atiradores), além de outras 11 tentativas – os feridos no ataque.

    A Polícia Civil concluiu o inquérito do massacre na semana passada e indiciou Cristiano Cardias de Souza, 47 anos, o Cabelo; Geraldo de Oliveira Santos, 41, o Buiu; Marcio Germano Masson, de 33, o Alemão; além de Adeilton Pereira dos Santos.

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    Todos os réus já estão presos preventivamente. Como eles respondem a processo por homicídio, devem ser julgado pelo Tribunal do Júri (composto por sete pessoas comuns) -e não por um juiz togado.

    Para a acusação, embora nenhum dos quatro tenha participado diretamente do ataque na Raul Brasil, os assassinatos só aconteceram porque venderam ilegalmente arma e munições para os atiradores.

    Segurança nas escolas

    O secretário de Estado da Educação do governo de São Paulo, Rossieli Soares, disse que está revendo os procedimentos de segurança nas escolas públicas da rede estadual. “Estamos licitando redes wi-fi, assim vamos conectar as câmeras existentes e colocar câmeras de segurança nas escolas que ainda não têm. Vamos ampliar o nossa parceria com a Polícia Militar.”

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    Quanto ao funcionamento da Escola Raul Brasil, o secretário ressaltou que a participação das secretarias de Saúde e de Justiça e Cidadania foram fundamentais para atuar junto à escola e a comunidade. “Hoje, a escola tem funcionado regularmente, e temos colocado ainda mais suporte para apoiar a cidade. Mas um indicador importante é que apenas 20 alunos foram transferidos ou saíram por algum motivo, isso é, nenhum nível acima de outra escolas.”

    (com Estadão Conteúdo e Agência Brasil)

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