Exposição de criptoarte leva obras digitais para o mundo físico
Com a proposta de democratizar o acesso a trabalhos em formato NFT, a galeria Up Time, de São Paulo, exibe peças no Morumbi Town Shopping
A partir desta sexta-feira (22), quem visitar o Morumbi Town Shopping, na capital paulista, poderá visitar a exposição Cryptoart, que reúne trabalhos digitais de diversos artistas nacionais em um modelo físico de exibição. A mostra fica em cartaz até o dia 22 de setembro e uma parceria entre a galeria UP Time Art Gallery, de São Paulo, e a Purple Block, empresa que faz consultoria de temas relacionados ao uso de blockchain.
É uma maneira didática de mostrar as possibilidades da criptoarte e entender de vez o que são os NFTs, ou tokens não fungíveis, um modelo de ativo digital único. Há uma diversidade de estilos, de fotografia a arte abstrata, incluindo alguns trabalhos em loop, e uma série chamada “Tired Moms”, iniciativa de Bruna Dagostino, CEO da Purple Block, cuja receita das vendas será revertida para o tratamento de crianças com TDAH, autismo e epilepsia. Em alguns casos, os artistas trabalham com pintura em tela e terão o primeiro contato com o universo digital.
“A ideia é criar uma relação de proximidade com os artistas e com as obras”, afirma Bruna Dagostino. Os trabalhos ficarão expostos em televisores, reproduzindo um formato que já foi usado em exibições internacionais de arte digital.
Quem se interessar poderá comprar as obras no local. Um time de profissionais vai até ajudar aqueles que não têm uma carteira digital a dar os primeiros passos. Há obras mais acessíveis, que começam em R$ 300, mas a média fica em torno de R$ 6 mil. “Ao comprar o NFT você tem os direitos de uso da arte, então pode fazer coisas físicas”, afirma Bruna. “Mas o NFT funciona também como um cartão de membro de um clube. Com ele, você tem acesso a vernissages, jantares na galeria, tem toda uma experiência por trás.”