Brasil, Política

Rio e governo federal fazem primeira reunião do Escritório Emergencial de Combate ao Crime Organizado

Encontro no CICC contou com os secretários de Segurança Pública do Estado, Victor dos Santos, e do Governo Federal, Mário Sarrubbo

Por Valentina Rocha SEGUIR SEGUINDO 4 nov 2025, 17h22 • Atualizado em 4 nov 2025, 17h45

No CICC, Estado do Rio e Governo Federal realizam primeira reunião presencial do Escritório Emergencial de Combate ao Crime Organizado (Jonathan Fernandes/Divulgação)

O Estado do Rio de Janeiro e o governo federal realizaram, nesta terça-feira, 4, no Centro Integrado de Comando e Controle (CICC), casa das forças de segurança do Rio, a primeira reunião presencial do Escritório Emergencial de Combate ao Crime Organizado. A iniciativa, que vai coordenar ações integradas, foi anunciada no Palácio Guanabara, na última quarta-feira, 29, em encontro entre o governador Cláudio Castro (PL) e o ministro de Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, um dia após a megaoperação que deixou 121 mortos nos complexos da Penha e do Alemão, na Zona Norte.

Participaram do encontro os secretários de Segurança Pública do Estado, Victor dos Santos, e do Governo Federal, Mário Sarrubbo. As autoridades alinharam as primeiras diretrizes de funcionamento do escritório. Entre os pontos discutidos estão o reforço na fiscalização das fronteiras para reduzir a entrada de armas no estado e o fortalecimento da Força Integrada de Combate ao Crime Organizado (Fico), que passará a contar com novos analistas para ampliar a capacidade operacional.

“Tratamos de temas essenciais para o Rio de Janeiro e já temos outras reuniões programadas pelos próximos dias. Foi criado um Grupo Técnico para garantir que todas as ações e entregas ocorram de forma ágil e eficiente. Foi um encontro muito produtivo”, destacou Victor dos Santos.

Também foram debatidos mecanismos de financiamento para futuras operações integradas e o avanço do Plano de Retomada de Território, que busca restabelecer a presença do Estado em áreas dominadas por facções criminosas, conforme determinação do Supremo Tribunal Federal (STF).

“A entrada de armas no Rio de Janeiro vem de vários pontos do país e do exterior, portanto é necessário o envolvimento de toda a nação. Vamos chamar o Brasil para este diálogo. Tenho certeza de que teremos respostas eficientes e desestruturantes para a criminalidade”, declarou o secretário nacional, Mário Sarrubbo.

As reuniões do Escritório Emergencial seguirão ocorrendo de forma virtual duas vezes por semana.