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Em vídeo, Crivella ataca MP, Globo e diz que operação é “estranha”

Prefeito afirmou que colocou sigilos bancário, fiscal e telefônico à disposição das investigações

Por Ricardo Ferraz Atualizado em 10 set 2020, 19h30 - Publicado em 10 set 2020, 19h26

O prefeito do Rio de Janeiro, Marcello Crivela, gravou um vídeo para apresentar sua versão sobre a operação do Ministério Público estadual do Rio de Janeiro, responsável pelas buscas realizadas em seu apartamento e pela apreensão de seu telefone celular.

Crivella, disse que a operação foi “estranha, considerando ainda que estamos em período eleitoral” . Ele informou que o advogado Alberto Sampaio esteve com o sub-procurador do Ministério Público Estadual, Ricardo Martins, e colocou os sigilos bancário, telefônico e fiscal do prefeito à disposição da investigação.

Crivella também acusou os promotores de agirem motivados pela imprensa. “Considero essa ação injustificada, já que sequer existe denúncia formal e eu não sou réu nesta ou em qualquer outra ação. A investigação, que ainda nem se transformou em ação, se motiva em uma matéria do jornal O Globo, inimigo jurado do nosso governo, que alega existir na Prefeitura uma central de propinas, e a prova que apresenta é o pagamento devido pela administração anterior a uma empresa chamada Locanty. Vocês podem conferir no site de transparência da Prefeitura que nunca durante o meu governo foi feito qualquer pagamento a essa empresa”, disse no vídeo.

Para Crivella, o MP fluminense não apresentou motivação para o mandado de busca e apreensão. Apesar das queixas, o prefeito do Rio disse que viu “respeito e integridade no procurador, no delegado e no oficial de justiça” e que “nada foi encontrado”, na ação que durou cerca de uma hora.

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Crivella terminou o vídeo apoiando as investigações do Ministério Público do estado:

“Quero dizer que, apesar disso, do fundo do meu coração, confesso que prefiro o Ministério Público voluntarioso, mesmo com alguns excessos, do que aquele omisso, que permitiu ocorrer no Rio de Janeiro, em gestões passadas, o maior volume de corrupção já visto no mundo, que tantos prejuízos trouxeram e ainda trazem ao nosso povo. Uma conta amarga que tivemos que pagar de obras olímpicas superfaturadas”, afirmou.

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