Promoção do Ano: VEJA por apenas 4,00/mês
Continua após publicidade

Em reunião tensa, Doria bate boca com Pazuello sobre vacina

Governador de São Paulo cobrou ministro da Saúde sobre compra da vacina do Butantan

Por Eduardo Gonçalves Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 8 dez 2020, 17h25 - Publicado em 8 dez 2020, 13h02

Em reunião tensa, o governador de São Paulo, João Doria, elevou o tom nesta terça-feira, dia 8, e cobrou diretamente o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, sobre a compra da CoronaVac, a vacina que é produzida pela farmacêutica chinesa Sinovac em parceria com o Instituto Butantan.

“O que difere, ministro, a condição e a sua gestão de privilegiar duas vacinas em detrimento de outra? É uma razão de ordem ideológica e política ou é uma razão de falta de interesse de disponibilizar mais vacinas?”, afirmou Doria, questionando por que o governo federal assinou Medidas Provisórias bilionárias para comprar os imunizantes produzidos pela Oxford-AstraZeneca e as do consórcio Covax — a exemplo da CoronaVac, elas também não foram aprovadas pela Anvisa. “Por que excluir se o procedimento é exatamente igual?”, indagou o tucano.

+ Receba notícias de VEJA no Telegram

Pazuello não gostou dos questionamentos e reagiu dizendo que a vacina do Butantan “não é do estado de São Paulo”. “Não sei por que o senhor fala tanto como se fosse do estado”, comentou. Para por um ponto final na discussão, o ministro declarou que “havendo demanda e preço, todas as condições serão alvo de nossa compra”.

Continua após a publicidade

Doria ainda lembrou o ministro sobre o protocolo de intenções que ele havia assinado para a aquisição de 46 milhões de doses da vacina do Butantan. “Infelizmente, o presidente desautorizou o senhor, foi deselegante com o senhor e em menos de 24 horas impediu que a sua palavra fosse mantida perante os governadores”, disse o governador.

A conversa quente ocorreu em reunião convocada pelo Ministério da Saúde com governadores e secretários da Saúde para falar sobre o plano nacional de imunização no Brasil. O encontro foi marcado às pressas depois que os governadores começaram a pressionar Brasília a antecipar o início da vacinação contra a Covid-19 previsto para março.

No encontro, Pazuello falou sobre a possibilidade de adiantar o programa nacional para o fim de fevereiro, data na qual ele calcula que a vacina da Oxford-AstraZeneca estará devidamente registrada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

Continua após a publicidade

O clima de cobrança foi bem diferente do que se viu na reunião anterior, realizada em outubro, na qual Pazuello foi aclamado como “pacificador” – naquela ocasião, os elogios dos governadores, inclusive de Doria, provocaram indignação do presidente Jair Bolsonaro que desautorizou o seu ministro publicamente.

 

 

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Veja e Vote.

A síntese sempre atualizada de tudo que acontece nas Eleições 2024.

OFERTA
VEJA E VOTE

Digital Veja e Vote
Digital Veja e Vote

Acesso ilimitado aos sites, apps, edições digitais e acervos de todas as marcas Abril

2 meses por 8,00
(equivalente a 4,00/mês)

Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba 4 Revistas no mês e tenha toda semana uma nova edição na sua casa (equivalente a 12,50 por revista)

a partir de 49,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$118,80, equivalente a 9,90/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.