Em feira do MST, Paulo Teixeira ironiza CPI e critica Campos Neto
Ministro do Desenvolvimento Agrário discursou no evento e reforçou gratidão de Lula ao movimento

O ministro do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, Paulo Teixeira, discursou na feira da reforma agrária do Movimento Sem Terra (MST) neste sábado, 13, em São Paulo, e ironizou a CPI aberta na Câmara dos Deputados para investigar o movimento.
“Querem criar uma CPI pra investigar o MST, mas acho que vão achar coisas interessantes. Vão ver que ali tem suco de uva, que não tem trabalho escravo, vão encontrar produtos que não tem agrotóxico, soja não transgênica”, disse o ministro, fazendo uma referência ao resgate de mais de 200 trabalhadores em situação análoga à escravidão em vinícolas do Rio Grande do Sul.
Teixeira também voltou a criticar o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto. “Se [os que querem investigar o MST] quiserem descobrir um homem que está criando uma balbúrdia nesse país, eles vão achar o Roberto Campos Neto, que está fazendo o maior juros da face da terra e levando muitos brasileiros à extrema miséria”, declarou.
Durante sua participação, o ministro também reforçou o compromisso com a reforma agrária, a promessa de tirar o Brasil do mapa da fome e disse que o presidente Lula tem gratidão ao Movimento Sem Terra. “Eu trago aqui para vocês um abraço do presidente Lula, que tem muito carinho, admiração, apreço e gratidão ao MST. O MST produz comida saudável, igualdade social, defende a democracia. Foi o MST que montou em frente à Polícia Federal em Curitiba, um acampamento que dizia bom dia, boa tarde e boa noite, presidente Lula. E aquele grito ecoou para todo o Brasil.”
O vice-presidente Geraldo Alckmin também esteve na feira neste sábado e foi questionado por jornalistas sobre a abertura da CPI. “Eu sou muito cauteloso com essa história de CPI. O trabalho do Legislativo é legiferante, não policialesco. Já tem muitos órgãos de fiscalização, tem o TCU, o Ministério Público, Controladorias, Corregedorias”, disse.