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Em evento, mulher de João de Deus pede oração para que ‘verdade prevaleça’

Ana Keyla Teixeira esteve em festa de distribuição de brinquedos na manhã deste sábado, 15

Por Redação
Atualizado em 15 dez 2018, 13h12 - Publicado em 15 dez 2018, 13h11

“Que a verdade prevaleça”, afirmou Ana Keyla Teixeira, mulher de João de Deus, durante a festa de distribuição de brinquedos, promovida pela família, na manhã deste sábado, 15. Trajando uma camiseta com a foto de seu marido e com os dizeres “Obrigada João de Deus”, ela pediu orações aos presentes. “Apesar das turbulências, peço que todos continuem rezando para que a verdade prevaleça”.

Ana Keyla não deu entrevistas. João de Deus, médium que ficou conhecido internacionalmente, está com a prisão preventiva decretada, acusado de abusar sexualmente de mulheres. Seu advogado, Alberto Zacharias Toron, afirmou que ele se entregaria espontaneamente, mas não revelou quando.

Segundo a Secretaria de Segurança Pública de Goiás, não há prazo para que o médium seja considerado foragido.

A festa de distribuição de brinquedos é realizada todos os anos. É um dos acontecimentos de Abadiânia, cidade a 112 quilômetros de Brasília, patrocinados pelo médium. Um toldo é estendido em frente da casa do médium. Depois do almoço, há distribuição de brinquedos.

Todos os anos, cerca de 2.000 pessoas participam do evento. Este ano, no entanto, a movimentação está muito abaixo da média. No fim da manhã de sábado, cerca de 200 pessoas estavam no local, a maioria crianças. Voluntários da Casa Dom Inácio de Loyola, onde o médium presta atendimento, estão presentes. O clima, entretanto, está longe de ser de celebração.

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Prisão

A Justiça de Goiás decretou a prisão preventiva de João de Deus na sexta-feira, 15, após pedido do Ministério Público (MP) que reuniu ao menos 335 denúncias feitas por mulheres de 14 Estados e seis países.

Na sexta, a defesa de João de Deus havia informado que ele iria se entregar depois de acertar as “condições”. A justificativa era que o médium teria problemas de saúde e também estaria com a segurança em risco, caso dividisse cela com outros detentos.

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Após o decreto da Justiça, policiais fizeram buscas em mais de 20 locais atrás do médium – sem sucesso. Desde quarta-feira, 12, quando apareceu na Casa Dom Inácio de Loyola, em Abadiânia, ele só fez um pronunciamento de poucos minutos para declarar sua inocência, e não foi mais visto.

Para pedir a prisão de João de Deus, o MP justificou que, caso permanecesse solto, o médium poderia ameaçar mulheres que dizem ter sido abusadas sexualmente ou, ainda, fazer novas vítimas. As investigações tiveram início na segunda-feira, dois dias após a TV Globo, no programa Conversa com Bial, apresentar depoimentos de mulheres que relataram ter sido abusadas sexualmente.

A polícia também recebe depoimentos de supostas vítimas. Só em Abadiânia, três inquéritos foram instaurados nos últimos dias. Outros casos anteriores chegaram a ser arquivados por falta de provas, mas a recomendação, agora, é que sejam reabertos.

A Promotoria calcula que, se comprovadas as denúncias, João de Deus pode ter uma sentença superior a 150 anos de prisão. Os relatos indicam três crimes: estupro, estupro de vulnerável e violação sexual mediante fraude.

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