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Direto da China, vacina chega ao Brasil e é escoltada ao Butantan

Primeira carga tem 120.000 doses já prontas do imunizante, que ainda precisa passar por fase final de testes; governador João Doria comemora

Por Eduardo Gonçalves Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 19 nov 2020, 13h42 - Publicado em 19 nov 2020, 12h11
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  • O primeiro lote da vacina Coronavac, que é desenvolvida pela farmacêutica chinesa Sinovac em parceria com o Instituto Butantan, chegou ao aeroporto de Guarulhos nesta quinta-feira, dia 19. A carga de 120.000 doses já prontas veio em um avião de carga da China, que levantou voo na última segunda-feira, dia 16.

    A chegada do produto, foi celebrada pelo governador João Doria (PSDB), que acompanhou o transporte dos contêineres refrigerados em temperatura que varia entre 2 e 8 graus que traziam a vacina. Eles foram colocados em caminhões que foram escoltados pela Polícia Militar até o Instituto Butantan, na Zona Oeste de São Paulo. “Essa é a vacina que salva”, disse o governador ao comemorar a chegada do produto.

    Apesar da euforia do governo de São Paulo e de já estar pronta, a CoronaVac ainda não teve a eficácia comprovada e, por isso, ainda não pode ser aplicada na população. Quem faz essa certificação é a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária). Só depois dessa fase é que o imunizante poderá ser utilizado para conter a pandemia do novo coronavírus.

    Vacina Doria
    O governador João Doria (PSDB) e o presidente do Instituto Butantan, Dimas Covas, mostram as primeiras doses da CoronaVac a chegarem ao país (Reprodução/Reprodução)

    Novos lotes da China devem chegar nas próximas semanas até alcançar o número de 46 milhões de doses. Também desembarcarão no país remessas com a matéria-prima do produto. Neste caso, quem irá produzir a vacina será o Instituto Butantan, que fechou um acordo de transferência de tecnologia com a Sinovac. A previsão é que até maio 100 milhões de doses estejam prontas.

    A CoronaVac é alvo de confronto entre o presidente Jair Bolsonaro e Doria, que já ensaiam a disputa politica para a campanha de 2022. Na semana retrasada, a suspensão dos testes pela Anvisa após a morte de um voluntário — que não teve nenhuma relação com a vacina — provocou uma polêmica e abriu a suspeita de interferência política do presidente na Anvisa, o que o comando da agência nega. Os testes foram retomados dois dias depois.

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