O primeiro dia de desfile das escolas do grupo especial na Sapucaí começou sem a presença do prefeito do Rio de Janeiro, Marcelo Crivella. Se ele realmente não aparecer até o fim da noite, será a primeira vez desde que o sambódromo foi inaugurado, em 1984, que um prefeito não comparece ao carnaval oficial da cidade.
Crivella é bispo licenciado da Igreja Universal, que considera a festa da carne pecado e orienta seus fiéis a ficarem bem longe da folia. Secretário de relações institucionais de Crivella, o deputado Luiz Carlos Ramos afirmou que a ausência do prefeito já era esperada por questões religiosas.
O prefeito não compareceu à tradicional entrega das chaves ao Rei Momo na Marquês de Sapucaí, evento que marca a abertura oficial do Carnaval. Crivella, que inicialmente iria para o exterior nos dias de folia (os destinos cogitados eram Israel ou África do Sul), desistiu da viagem e ficou no Rio. Nos últimos dias, cumpriu agenda na Zona Oeste da cidade. Em uma publicação em duas redes sociais, o prefeito escreveu: “A gente não sabe sambar, mas sabe trabalhar”.