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Depois de faltar a acareação, Flávio Bolsonaro relata abuso de procurador

Defesa do senador encaminhou ofício ao procurador-geral da República alegando que Eduardo Benones desrespeitou prerrogativa do cargo

Por Ricardo Ferraz Atualizado em 24 set 2020, 16h38 - Publicado em 24 set 2020, 16h21
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  • A defesa do senador Flávio Bolsonaro (Republicanos) encaminhou petição ao procurador-geral da República, Augusto Aras, relatando abuso de poder do procurador do Ministério Público Federal do Rio de Janeiro, Eduardo Benonesencarregado de investigar vazamento de informações da operação Furna da Onça.

    Benones havia intimado Flávio a comparecer a uma acareação com o empresário Paulo Marinho, que deveria ocorrer na segunda-feira, 21. O senador, no entanto, faltou ao encontro e participou de um programa de TV no estado do Amazonas.

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    O MPF pretendia apurar se o Flávio ficou sabendo da existência das investigações antes de a Furna da Onça ser debelada. A operação tratava da compra de apoio político na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro. Segundo Marinho, um delegado da Polícia Federal contou a ele que, embora Flávio não estivesse entre os alvos, um de seu assessores, Fabrício Queiroz – acusado de comandar o esquema de rachadinhas no gabinete do então deputado – era citado em um dos anexos. O vazamento, em plena campanha eleitoral de 2018, teria motivado a demissão de Queiroz para não prejudicar a corrida ao senado.

    Os advogados de Flávio sustentam que Benones não teria atribuição para convocar um senador da República para realizar uma acareação, o que caberia apenas ao procurador-geral. A petição defende ainda que a data do encontro deveria ter sido previamente ajustada entre as partes e o juiz, conforme previsto no Código de Processo Penal.

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    O ato da defesa ocorre depois de Benones enviar uma representação à PGR solicitando que o senador fosse investigado pelo crime de desobediência. Por fim, Flávio Bolsonaro pede que a acareação aconteça no gabinete do senador, em Brasília, no dia 5 de outubro.

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