Defesa de Flávio entra com notícia-crime contra Renata e Bonner
Os advogados do senador alegam que apresentadores do Jornal Nacional descumpriram ordem judicial ao exibir informações sobre o caso da "rachadinha"
O embate entre a TV Globo e a defesa do senador Flávio Bolsonaro (Republicanos) teve mais um round na tarde desta sexta-feira, 6. Os advogados do senador protocolaram uma notícia-crime junto à Delegacia de Repressão Aos Crimes de Informática (DRCI), no Rio de Janeiro, para apurar o crime de desobediência por parte dos jornalistas William Bonner e Renata Vasconcellos, que apresentam o Jornal Nacional.
Nos últimos dias, alega a defesa do filho Zero Um do presidente Jair Bolsonaro, o telejornal descumpriu ordem judicial ao veicular informações e detalhes da denúncia do Ministério Público no caso da “rachadinha” no gabinete do parlamentar, na Assembleia Legislativa do Rio (Alerj). A notícia-crime cita ainda o fato de a emissora carioca ter divulgado dados sobre o depoimento no MP-RJ de Luiza Souza Paes, ex-assessora de Flávio, que confirmou a existência do esquema de transferência de parte dos salários dos servidores e o repasse a Fabrício Queiroz, apontado como o operador da “rachadinha”.
Os advogados do senador, Rodrigo Roca, Luciana Pires e Juliana Bierrenbach, já haviam ingressado ontem com um pedido junto à 33ª Vara Cível do Tribunal de Justiça do Rio solicitando que a TV Globo seja multada em 500 mil reais toda vez que exibir reportagens sobre a denúncia feita pelo Ministério Público à Justiça sobre o caso. O senador, seu ex-assessor Fabrício Queiroz e mais quinze pessoas foram denunciadas pelo MP-RJ por crimes de organização criminosa, peculato, lavagem de dinheiro e apropriação indébita no escândalo na Alerj.
William Bonner e Renata Vasconcellos devem ser chamados à depor na Delegacia de Repressão Aos Crimes de Informática nos próximos dias. De acordo com a tutela deferida pela juíza Cristina Serra Feijó, da 33ª Vara Cível do Tribunal de Justiça do Rio, proferida em 4 de setembro, a TV Globo está impedida de “divulgar informações, exibir documentos, expor andamentos do processo investigativo criminal” sobre o caso da “rachadinha” envolvendo Flávio Bolsonaro.
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