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Como os complexos da Penha e do Alemão se tornaram o ‘QG de treinamento’ nacional do Comando Vermelho

De acordo com o secretário de Polícia Civil do Rio, Felipe Curi, o local serve para o treinamento de táticas de guerrilha e cooptação de homens

Por Valentina Rocha Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO , Ludmilla de Lima Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 31 out 2025, 16h59 - Publicado em 31 out 2025, 16h21

O secretário de Polícia Civil do Rio de Janeiro, Felipe Curi, afirmou, nesta sexta-feira, 31, em coletiva de imprensa, que os complexos da Penha e do Alemão, localizados na Zona Norte do Rio de Janeiro, tornaram-se o QG (quartel-general) nacional de treinamento do Comando Vermelho. Em novo balanço sobre a megaoperação realizada há três dias na região, a cúpula de segurança informou que 99 dos 117 mortos já teriam sido identificados e que 40 seriam de outros estados.

“Os complexos da Penha e do Alemão, até aquela retomada, a ocupação que houve em 2010, eram o QG do Comando Vermelho apenas aqui, no estado do Rio de Janeiro. Essa constatação de hoje mostra que os Complexos da Penha e do Alemão passaram a ser o QG do Comando Vermelho em nível nacional”, declarou Curi.

De acordo com o secretário, são desses locais que partem as ordens, decisões e diretrizes da facção para todo o Brasil. “A investigação e os dados de inteligência comprovam que nos complexos da Penha e do Alemão são feitos treinamentos de tiro, tática de guerrilha, manuseio de armamento e cooptação desses marginais, que vêm de fora do estado, para serem ‘formados aqui’, e depois retornarem aos seus estados de origem para implementação da cultura da facção”, afirmou o secretário.

Ainda de acordo com a cúpula de segurança, dos 113 presos na ação policial de terça-feira, 28, um terço seria de fora do Rio.

Localização estratégica

Entre os fatores que colocam os complexos em posição central para a facção estão a localização na Zona Norte, muito próxima de duas importantes vias expressas da capital fluminense: a Linha Vermelha e a Avenida Brasil. Hoje, a região reúne 26 favelas, onde vivem mais de 112 mil moradores, e, segundo as autoridades, lá seriam realizados o recebimento e escoamento de armas e drogas e deslocamento de homens para diferentes áreas.

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Investigações apontam que o local serve hoje como base do projeto expansionista da organização criminosa em direção à Zona Sudoeste, especialmente para Jacarepaguá. As comunidades ainda cumprem o papel de bunker para chefões do tráfico – abrigados, principalmente, na Vila Cruzeiro, na Penha – e foragidos de outros estados.

Uma grande vantagem para o crime seria a geografia de morros, vias de terra e mata fechada – características que facilitariam esconderijos, rotas de fuga e a instalação de barricadas de concreto para impedir a entrada de blindados das polícias.

Os dois complexos são considerados os mais desafiadores para a segurança do estado. “São os piores locais pela geografia, com áreas íngremes e vales. Nenhum outro lugar no Rio é tão difícil para nós”, já afirmou a VEJA o secretário estadual de Segurança Pública, Victor Santos.

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Histórico de conflitos

Em 2010, as polícias Civil, Militar e Federal ocuparam o Complexo do Alemão. Na época, as cenas de fuga dos traficantes pela mata ganharam repercussão internacional. Foi neste contexto que a região recebeu o projeto de Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) e virou um símbolo de sucesso do programa.

A calmaria para os moradores durou pouco: já no ano seguinte, a população voltou a presenciar trocas de tiros, e bases policiais passaram a ser atacadas. A mega instalação do Teleférico do Alemão parada é símbolo de um futuro que ficou na promessa para os moradores.

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