Quinta escola a entrar na Marquês de Sapucaí na madrugada desta segunda, 24, a Grande Rio, uma das grandes apostas do primeiro dia de desfiles do Grupo Especial do Rio de Janeiro, passou por momentos de tensão.
Aos treze minutos, o quarto carro alegórico, com dificuldades para entrar na avenida, causou um buraco no desfile e provocou um acidente. Grande demais para a passarela do samba, o veículo destruiu uma cerca de ferro que separava a pista, onde repórteres com colete podiam circular, dos camarotes de alguns veículos de comunicação. Duas repórteres da equipe de VEJA estavam no local. Prestes a serem imprensadas pelo veículo, acabaram resgatadas por policiais militares e bombeiros e sofreram ferimentos leves nos braços e pernas.
Dois membros da diretoria da agremiação de Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, foram procurados, mas não prestaram auxílio. A agremiação respondeu por nota: “A Grande Rio lamenta profundamente o ocorrido e se encontra à disposição para prestar qualquer tipo de auxílio necessário às repórteres”.
Tragédia no passado
No dia 26 de fevereiro de 2017, a radialista Elizabeth Ferreira Jofre, conhecida como Liza Carioca, morreu após ser atropelada pelo abre-alas da Paraíso do Tuiuti. No ano seguinte, quando a agremiação foi vice-campeã do Carnaval do Rio, a filha de Liza, Raphaella Pontes, publicou um relato nas redes sociais afirmando que a escola não deu apoio às vítimas. Além da radialista, mais de vinte pessoas ficaram feriadas após serem atingidas pela alegoria, que entrou desgovernada no setor um, o primeiro da avenida.