Caos no Amapá: Macapá e treze cidades estão sem luz há mais de 24 horas
Em meio ao aumento de casos de Covid-19, postos de gasolina e supermercados estão com filas imensas. Também há relatos de desabastecimento de água
Um incêndio numa subestação de energia elétrica localizada ao norte de Macapá provocou um apagão que já dura mais de 24 horas na capital amapaense e em outras treze cidades do estado. Moradores de Macapá relatam que há filas imensas em mercados e aglomerações em postos de gasolina. A cidade enfrenta nas últimas semanas um aumento nos casos de Covid-19, o que obrigou a prefeitura a baixar um decreto que restringe as atividades não essenciais no município.
A maior parte dos comércios locais não tem geradores e está fechada desde a noite de terça-feira, 3, quando o apagão teve início. VEJA ouviu relatos de pessoas que não conseguem mais encontrar água engarrafada nos supermercados e estão comprando garrafas de água com gás para saciar a sede. Muitos também tiveram o abastecimento de água em suas casas interrompido. Há cenas de pessoas tomando banho com xampu e sabonete nas margens do Rio Amazonas, que circunda o litoral da cidade.
Os bancos e caixas-eletrônicos também estão sem funcionar devido à falta de luz. Pessoas estão aglomeradas em frente a uma agência do Banco do Brasil localizada na Zona Norte e que é uma das poucas a contar com gerador de energia elétrica em Macapá.
Por ser uma cidade com temperatura elevada, ventiladores e aparelhos de ar-condicionado são itens de primeira necessidade no município. Sem os aparelhos funcionando, as pessoas estão dormindo em frente às casas ou dentro de carros que contam com sistema de refrigeração. Muitos também se dirigiram ao aeroporto da cidade para aproveitar a energia elétrica do local.
Não há previsão para a energia elétrica ser restabelecida no estado. O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), que tenta eleger o irmão, Josiel Alcolumbre (DEM), como prefeito da capital amapaense, abdicou de chefiar a sessão de quarta-feira, 4, no Congresso para se encontrar com o ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque. O ministro se comprometeu a viajar ao estado para tentar encontrar uma solução para o problema junto com as autoridades locais.