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‘Cãodulas’ brilham em torneio internacional de tênis em São Paulo

Brasil Open, disputado no Pinheiros, contou com seis cachorros atuando como pegadores de bola; animais, resgatados por ONGs, estão disponíveis para adoção

Por Eduardo F. Filho Atualizado em 10 dez 2018, 09h28 - Publicado em 14 mar 2017, 08h43

As placas espalhadas por toda a extensão do clube Pinheiros, em São Paulo, avisam: “O tênis exige silêncio”. Porém, era quase impossível seguir essa regra depois que os gandulas de quatro patas entraram em quadra durante o Brasil Open, torneio internacional de tênis disputado na semana passada.

Quando as bolinhas batiam na rede e quicavam no chão, os cães sabiam que esse era o sinal verde para o avanço. A emoção do público era nítida. Com seus celulares em mãos prontos para fotos e vídeos, a plateia vibrava a cada bola abocanhada, aplaudiam a cada bola devolvida e ficavam eufóricos a cada drible dado nos tenistas profissionais.

A médica Maita Araújo, 41, levou a mãe, Pola Araújo, 75, especialmente para ver os “cãodulas”, como são chamados. Ambas são apaixonadas por cachorros e garantem que nunca compraram um na vida. “Nós temos quatro cachorros em casa, todos adotados de ONGs. Ficamos sabendo do programa no ano passado, depois que viemos ver o campeonato de tênis, e nos apaixonamos. Este ano viemos especialmente para vê-los. O nosso próximo cachorro com certeza será um cãodula.”

A ideia da ação teve inicio a partir de um vídeo publicado pela tenista norte-americana Venus Williams, em que ela leva sua cachorra para os treinos e a cadela começa a pegar todas as bolas que sua dona deixa escapar. Com o objetivo de despertar a atenção das pessoas para a causa da adoção de cachorros abandonados, a marca de rações PremieR pet decidiu juntar ONGs cadastradas que ela auxilia em um torneio mundialmente conhecido, com cães que adoram brincar de bolinhas.

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“Queríamos tocar o coração das pessoas de uma forma alegre, inovadora, sem retratar o passado ruim desses cães. Despertar aquela simples dúvida: por que não adotar um cachorro abandonado? Observando a reação do público, acho que conseguimos alcançar o nosso objetivo” afirmou Madalena Spinazzola, diretora de marketing corporativo e planejamento estratégico da marca.

Neste ano, duas ONGs do interior de São Paulo foram selecionadas – o Projeto Segunda Chance, em Sorocaba, e a ONG Cão Sem Dono, em Itapecerica da Serra. Juntas, elas possuem mais de 570 cães encontrados nas ruas e resgatados de maus-tratos. Apenas seis cachorros foram escolhidos para o evento, três de cada organização. O processo seletivo é simples: cachorros que são apaixonados por bolinhas. “Não houve um treinamento específico. Para eles, isso não passa de uma brincadeira, eles amam buscar bolas”, afirma a fundadora da ONG Projeto Segunda Chance, Maria Cecília, enquanto brinca com os cachorros.

Pretinha, 8 anos, Cindy, 10, e Dexter, 2, são da Segunda Chance, enquanto Arlete, 7, Ovelha, 4, e Jully,8, são da Cão Sem Dono. Os cachorros tiveram em torno de quatro meses de preparo desde o dia em que as ONGs descobriram que participariam da ação.

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Estrela

A estrela do torneio foi a cadela Pretinha. Ao sair da quadra, o público gritava por seu nome. Havia mais pessoas esperando os cachorros do que os próprios jogadores profissionais. No caminho para a área de descanso, as pessoas perguntavam se podiam tirar fotos e jogavam bolinhas para estimular uma pequena demonstração dos cães. No estande da marca, Pretinha foi a cachorra que mais chamou atenção para uma possível adoção. A cadela foi resgatada em 2009, em uma empresa multinacional ao lado da Rodovia dos Imigrantes, na divisa entre Diadema e São Bernardo do Campo, quando ainda era um bebê, com outros 18 cachorros.

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Além disso, Pretinha foi a protagonista do momento mais engraçado dessa edição – em sua estreia na quadra, no bate-bola com os tenistas João Zwestch, capitão da Copa Davis, e o brasileiro semifinalista de duplas, Marcelo Demoliner, a cachorra fez suas necessidades fisiológicas. A plateia achou graça e aplaudiu.

Agora é que o trabalho árduo realmente começa. Fora os seis cachorros participantes, outros 564 esperam para ser adotados. “Vale lembrar que não é só porque eles estão nessas ONGs, recebendo o maior amor possível, que não precisam de uma família. Arrumar uma família para eles é a nossa missão” explica Vicente Delfino Neto, diretor da ONG Cão sem Dono. As ONGs afirmaram que, após o torneio, não houve procura na busca por adoção, mas houve aumento nos pedidos de resgate.

Para maiores informações ou adotar um dos cães, basta mandar um e-mail para o faleconosco@caosemdono.com.br ou contato@projetosegundachance.org.br e falar com os responsáveis. O adotante precisa preencher um formulário, participar de uma entrevista presencial e assinar um termo de responsabilidade.

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