Câmara oferece ao país um novo espetáculo grotesco de baixaria política no Parlamento
Não havia razão no sequestro do plenário pelos bolsonaristas meses atrás e não há razão agora no ato de Glauber Braga, mas a responsabilidade é de Hugo Motta
Em plena sessão na tarde desta terça, um deputado de esquerda decide ocupar a Mesa Diretora do plenário da Câmara para protestar contra a possível cassação de seu mandato.
Repete o expediente condenável de parlamentares de direita que decidiram, há algumas semanas, interditar o mesmo plenário para protestar contra a prisão de Jair Bolsonaro.
A direção da Casa — ninguém viu Hugo Motta — decide suspender a transmissão da sessão parlamentar na Internet, proíbe a entrada de jornalistas no plenário e lança uma turba de seguranças para retirar na marra o parlamentar da Mesa Diretora.
O que acontece, nesta terça, na Câmara é um novo e triste capítulo de desmoralização do Parlamento como instituição destinada ao debate dos rumos do país. Uma instituição que deveria guiar-se pelo farol do decoro parlamentar.
O presidente da Câmara, Hugo Motta, que desejava votar o projeto que reduz as penas de condenados pelo STF por envolvimento na trama golpista, tem agora um novo desafio em sua gestão.
Não bastasse o constrangimento de admitir um parlamentar fantasma — caso de Eduardo Bolsonaro, que ainda não perdeu o mandato, apesar de estar fora do país há meses — e uma deputada foragida, Motta terá de agir diante de mais uma tentativa de insurgência.
Não havia razão no sequestro do plenário pelos bolsonaristas meses atrás e não há razão agora no ato de Glauber Braga. O custo de cenas tão lamentáveis na atual gestão da Câmara, repita-se, recai sobre a imagem da instituição diante do país. E a responsabilidade é de Hugo Motta.
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