Cabo da Rota executado sofreu ameaça do PCC
Flores foi assassinato um dia após operação que visava "estrangular" a facção criminosa
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Um colega de corporação do cabo da Rota Fernando Flavio Flores, 38, assassinado na manhã deste sábado, 4, em São Paulo, deu uma informação valiosa ao 101º DP, onde o caso está sendo investigado. Segundo o depoimento, Flores foi ameaçado há seis meses pelo Primeiro Comando da Capital. O autor da ameaça foi Fabio da Silva, 36, conhecido como Zé Bedeu, integrante da facção criminosa. Ele foi preso em 2012 e é apontado como uma liderança regional do PCC na capital paulista.
![Flores Rota](https://veja.abril.com.br/wp-content/uploads/2019/05/flores-rota.jpg?quality=70&strip=info&w=1024&crop=1)
Flores foi alvejado com tiros em regiões como cabeça e tórax. Morreu na hora. O crime ocorreu na porta de sua casa, no bairro de Interlagos, quando havia acabado de trancar o portão da garagem. Ele deixaria a residência rumo ao trabalho.
Flores foi executado um dia após a Polícia Militar de São Paulo cumprir cinquenta mandados de prisão e trinta de busca e apreensão na Operação Jiboia. O nome da operação é uma referência à cobra e representa o objetivo de “estrangular” a organização criminosa.
A ação ocorreu em dezenove cidades e envolveu cerca de 500 policiais militares. Treze pessoas foram presas em flagrante e um adolescente foi apreendido. Os agentes encontraram 1 milhão de reais em dinheiro vivo, sete armas, quatro balanças utilizadas para pesar droga, anotações da facção, sete veículos e mais de cinquenta celulares.