Brumadinho: bombeiros iniciam buscas em áreas secundárias
Lama nesses locais ainda está fluida e exige utilização de escavadeiras anfíbias
![Oficiais do Corpo de Bombeiros Militar de Minas Gerais (CBMMG) realizam buscas na área atingida por lama em Brumadinho (MG)](https://veja.abril.com.br/wp-content/uploads/2019/02/bombeiros.jpg?quality=90&strip=info&w=1030&h=682&crop=1)
No décimo dia após o rompimento da Barragem I da Mina Córrego do Feijão em Brumadinho, o Corpo de Bombeiros Militar de Minas Gerais expandiu as buscas para três áreas ainda pouco exploradas, atingidas pelo fluxo secundário do rejeito.
A lama, nesses locais, ainda está fluida, dificultando o deslocamento das equipes e configurando o que os bombeiros chamam de “zona quente”, segundo a assessoria de imprensa da instituição. Para acessá-las, devem ser usadas escavadeiras anfíbias, que conseguem se locomover em terrenos úmidos e perfurar a lama para procurar pelas mais de 200 vítimas da tragédia que ainda estão desaparecidas.
![Bombeiros trabalham com a ajuda de uma escavadeira anfíbia nos destroços de Brumadinho (MG) Bombeiros trabalham com a ajuda de uma escavadeira anfíbia nos destroços de Brumadinho (MG)](https://veja.abril.com.br/wp-content/uploads/2019/02/brumadinho-e1549212393809.jpg?quality=70&strip=info&w=1024&crop=1)
São nove retroescavadeiras, com esteiras similares à de tanques de guerra. Ainda é difícil e arriscado acessar a área. Durante toda a semana, equipes percorreram as margens da região em acessos por terra e com o uso de helicópteros, operação que segue em andamento.
Desde o dia 25 de janeiro, quando a barragem da mineradora controlada pela Vale cedeu, o Corpo de Bombeiros informa que mais de 1.000 militares, incluindo duzentos bombeiros por dia, foram envolvidos nas buscas e nos salvamentos das vítimas dos rejeitos da mineradora, cuja lama se estende por cerca de 10 km lineares e por uma área de 4 km². De acordo com o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), quase 270 hectares de mata (equivalente a 378 campos de futebol) foram destruídos pelo colapso.
Até a manhã deste domingo, 121 óbitos foram confirmados, sendo que, destes, 93 corpos foram identificados. Outras 226 pessoas ainda estão desaparecidas.