Assine VEJA por R$2,00/semana
Continua após publicidade

Brasília tem confrontos, ministérios depredados e tensão política

Manifestação com 35 mil pessoas tem confrontos, prédios queimados e depredados, presos e feridos; Temer manda militares às ruas e cria polêmica no Congresso

Por Da Redação
Atualizado em 24 Maio 2017, 22h18 - Publicado em 24 Maio 2017, 18h35
  • Seguir materia Seguindo materia
  • Cerca de 35 mil pessoas, segundo estimativa da Secretaria de Estado da Segurança Pública e da Paz Social do Distrito Federal, protestaram em Brasília nesta quarta-feira contra o presidente Michel Temer (PMDB), em ato que teve confronto com a Polícia Militar – com direito a bombas de gás e de efeito moral -, feridos, prisões e ao menos três ministérios incendiados e outros depredados. O número de feridos e presos ainda não foi divulgado.

    Publicidade

    O protesto foi convocado por centrais sindicais como a CUT (Central Única dos Trabalhadores), partidos de esquerda como PT, PSTU, PCdoB e PSOL, movimentos sociais como o MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) e MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem Teto) e organizações de esquerda como as frentes Povo sem Medo e Brasil Popular.

    Publicidade

    Os confrontos e depredações nas ruas levaram Temer a assinar um decreto chamado GLO (Garantia da Lei e da Ordem), autorizando o uso das Forças Armadas para conter os manifestantes. Ao menos 1.200 homens do Exército foram colocados imediatamente nas ruas. O decreto, que vale por uma semana, foi duramente criticado por deputados e senadores e levou à bate-bocas, empurrões e suspensão de votações na Câmara e no Senado.


    Veja abaixo como foi o dia de manifestações na capital federal:

     

    Publicidade

    18h35 – O ministro Osmar Terra (Desenvolvimento Social e Agrário) criticou os manifestantes durante toda a tarde nas redes sociais, mas cometeu um deslize ao publicar a foto abaixo como sendo do incêndio no prédio do Ministério da Agricultura, mas não é: é de uma ocorrência em prédio do INSS em 2005. Logo depois, ele se corrigiu.

    (Reprodução/Reprodução)
    (Reprodução/Reprodução)

    18:30 – A Secretaria de Estado da Segurança Pública e da Paz Social do Distrito Federal estimou em 35 mil o número de manifestantes nas ruas de Brasília nesta quarta-feira.

    Publicidade
    Manifestação em Brasília contra o governo Temer e pela convocação de eleições diretas – 24/05/2017 (Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)

    18:10 – Principal adversário do governo Temer no PMDB, o líder do partido no Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL) criticou a decisão do Executivo de convocar as Forças Armadas para garantir a lei e a ordem e declarou que “não serão as Forças Armadas que irão sustentar esse governo”. “É constitucional chamar as Forças Armadas, mas beira a insensatez fazer isso em um momento em que o país pega fogo. Beira a irresponsabilidade. E fazer isso de forma dissimulada, dizer que foi a pedido do presidente da Câmara dos Deputados, que negou. Fazer isso dissimuladamente e atribuir ao presidente da Câmara dos Deputados é um horror. Se esse governo não se sustenta, [se] é verdade ou não é, não serão as Forças Armadas que irão sustentar esse governo”.

    Continua após a publicidade

    18:02 – O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), divulgou o ofício que enviou ao presidente Michel Temer (PMDB) mostrando que ele pediu o apoio da Força Nacional de Segurança, não dos militares das Forças Armadas. Temer autorizou e colocou nas ruas 1.200 militares dizendo que atendeu a pedido de Maia.

    Publicidade
    (//VEJA)

     

    Publicidade

    17:53 – Bombeiros apagam última barricada, em frente ao Teatro.

    Publicidade

    17:43 – Exército coloca 1.200 soldados na Esplanada dos Ministérios


    17:41 – Presidente do Senado, Eunício Oliveira (PMDB-CE) encerra a ordem do dia e rebate as acusações de parlamentares de oposição de que ele estaria tentando imprimir um clima de normalidade enquanto manifestantes protestavam na Esplanada dos Ministérios. “Não estou alheio a nada”, disse Oliveira, da tribuna.


    17:31 – Policial é agredido pelas costas por manifestante na Rodoviária do Plano Piloto, e a cavalaria se encaminha para o local.


    17:30 – Manifestantes mascarados que estavam se dispersando tentaram montar barricada com placas para conter o avanço da polícia, que reagiu com gás de pimenta.

    Continua após a publicidade

    17:17 – Ministro Marco Aurélio Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF), comenta a edição do decreto do presidente Michel Temer autorizando o uso das Forças Armadas para garantia da lei e da ordem. Mesmo com a sessão plenária do STF seguindo normalmente, Mello se manifestou antes de proferir seu voto: “Presidente, voto um pouco preocupado com o contexto. Eu espero que a notícia não seja verdadeira. O chefe do Poder Executivo teria editado um decreto autorizando o uso das Forças Armadas no Distrito Federal no período de 24 a 31 de maio”.

    Os demais ministros não se manifestaram. O Supremo julgava naquele momento a possibilidade de alíquota maior de Cofins e contribuição previdenciária para instituições financeiras.


    17:15 – Confira imagens das Manifestações em Brasília


    17:12 – Presença da Força Nacional está autorizada até 31 de maio, segundo decreto do presidente Michel Temer publicado em edição especial do Diário Oficial.

    Continua após a publicidade

    17:10 – Governador do DF Rodrigo Rollemberg se manifestou, por meio de redes sociais, sobre vandalismo em protestos na Esplanada. Ele disse ter orientado a Secretaria de Segurança a assegurar o direito de manifestação nesta quarta-feira, mas declarou que “infelizmente, alguns grupos optaram pela violência como forma de protesto”. “Quero registrar aqui meu total repúdio a todo tipo de violência”, disse o governador, que no momento do quebra-quebra estava sancionando uma lei de subvenção para startups.


    17:02 – Presidente da Câmara suspende sessão durante 30 minutos, após tumulto entre deputados. A briga começou entre Darcísio Perondi (PMDB-RS) e Glauber Braga (PSOL-RJ), mas foi generalizada aos demais. Confira.


    17:01 – Plenário do Senado tenta votar projeto que torna o crime de estupro imprescritível, mas parlamentares ocupam a tribuna para protestar contra decreto que autoriza uso das Forças Armadas para garantia da lei e da ordem.


    16:56 – Áudio é cortado durante tumulto na Câmara dos Deputados. Rodrigo Maia pede “calma” aos presentes.


    16:49 –  Manifestantes mascarados impediram a saída de um carro de som.

    Continua após a publicidade

    16:48 – Força nacional avança e faz manifestantes recuarem na Esplanada.


    16:46 – Policiais da Aeronáutica disparam balas contra manifestantes no Ministério da Defesa. Veja:


    16:45 – Banheiros químicos são usados como barricadas por manifestantes.


    16:44 – Ministério da Cultura também tem focos de incêndio. Até o momento, três prédios estão em chamas.

    Continua após a publicidade

    16:43 – Próximos ao STF, manifestantes gritam “anulem o impeachment”. Por ora, os ministros mantêm a sessão plenária normalmente.


    16:42 – No Senado, o petista e ex-cara pintada Lindbergh Farias (PT-RJ) minimiza os atos de vandalismo na Esplanada dos Ministérios. “Não sabemos quem são. Podem ser até infiltrados. Tem 50 mascarados. Ninguém prende os 50 e dispersa”.


    16:38 – Fumaça é contida no Ministério da Agricultura.

    (//VEJA)

    16:36 – Início de incêndio é avistado no Ministério do Planejamento.


    16:27 – Ministro da Defesa declara intervenção federal segundo a Garantia da Lei e da Ordem. Tropas Militares chegam ao Palácio do Itamaraty e a Esplanada dos Ministérios.


    16:25 – Pelo menos cinco Ministérios foram depredados. O fogo foi ateado apenas no Ministério da Agricultura.


    16:24 – Ferida com bala de borracha, manifestante recebe ajuda dos presentes.

    (//VEJA)

    16:22 – Ministério da Defesa é depredado.

    (Felipe Frazão)

    16:20 – Manifestantes arrancaram fotos dos antigos ministros, segundo assessoria de imprensa do Ministério da Agricultura.


    16:17 – Manifestantes ateiam fogo em objetos e constroem barricada em frente ao Ministério da Saúde. PM responde com bombas de gás lacrimogênio.


    16:12 – Bombeiros tentam apagar fogo de prédio onde fica o Ministério de Minas e Energia e Turismo com extintores.


    16:10 – Movimento na Esplanada dos Ministérios é de dispersão. Muitos manifestantes seguem na direção oposta ao Congresso Nacional, rumo a rodoviária e Estádio Mané Garrincha.


    16:03 – Uma pessoa foi vítima de bala de fogo e está sendo atendida pelo SAMU. Frente ao tumulto, muitas centrais pediram que seus manifestantes se retirassem do pátio central da Esplanada dos Ministérios.

    15:40 – Todos os prédios da Esplanada dos Ministérios estão sendo evacuados por questão de segurança. O Gabinete de Segurança Institucional (GSI) deu início a um protocolo que prevê a liberação dos  servidores.


    15:35 – Manifestantes tentam invadir o Ministério da Ciência e Tecnologia. Outros ministérios foram alvos de depredação.

     

    Publicidade

    15:30 – Correria no Palácio do Planalto, com o deslocamento de pelotões de policiais para todas as entradas. Alguns manifestantes caminham em direção ao Congresso, após contornarem o bloqueio da PM.

     

    Publicidade

     

    Publicidade
    Publicidade
    Publicidade

    Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

    Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

    Domine o fato. Confie na fonte.

    10 grandes marcas em uma única assinatura digital

    MELHOR
    OFERTA

    Digital Completo
    Digital Completo

    Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    a partir de R$ 2,00/semana*

    ou
    Impressa + Digital
    Impressa + Digital

    Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    a partir de R$ 39,90/mês

    *Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
    *Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

    PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
    Fechar

    Não vá embora sem ler essa matéria!
    Assista um anúncio e leia grátis
    CLIQUE AQUI.