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Blocos não poderão desfilar no Carnaval carioca, mas não haverá repressão

Medida controversa foi reafirmada pelo prefeito Eduardo Paes durante visita aos barracões das escolas de samba, que se apresentam no próximo fim de semana

Por Sofia Cerqueira 16 abr 2022, 16h07

Adiado para a próxima semana, entre os dias 20 e 24 de abril, o Carnaval do Rio de Janeiro este ano já começa com uma questão controversa. Embora os blocos de rua não estejam autorizados a desfilar nesses dias de folia, apelidado de “CarnAbril”, o prefeito Eduardo Paes voltou a afirmar neste sábado, 16, que a Guarda Municipal não irá reprimir os foliões pela cidade.

Durante uma visita aos barracões das escolas de samba do Grupo Especial, na Cidade do Samba, região central do Rio, Paes foi enfático ao ser questionado sobre a questão: “Não vou sair correndo atrás de folião. O que a gente pede é a compreensão das pessoas. Só faltava agora botar a Guarda Municipal atrás de folião. Isso não vai acontecer”. E comentou, em seguida, que o Rio estava cheio, com bares e restaurantes lotados. “A cidade está aberta, está celebrando. Não vou ficar atrás de folião nem por um decreto”, enfatizou.

O carnaval de rua carioca, em tempos normais, costumava arrastar mais de 7 milhões de pessoas pela cidade. Este ano, o Carnaval, que pelo calendário tradicional aconteceria em 2021 entre o sábado (26) de fevereiro e 1º de março (quarta-feira de cinzas), foi transferido de data por causa do aumento do número de casos da variante ômicron – que teve o seu pico na capital fluminense no início do ano. Embora os festejos de momo estivessem suspensos naquela época, a capital fluminense viu vários blocos desrespeitarem a determinação e irem para às ruas irregularmente. No final de fevereiro passado, a prefeitura do Rio pôs agentes da secretaria de Ordem Pública para reprimir a folia clandestina.

Embora os blocos tradicionais, que costumam arrastar milhares de foliões, tenham se comprometido junto à prefeitura que não irão sair no “CarnAbril”, existe a expectativa que grupos médios e menores – organizados por amigos ou moradores de bairro – tomem as ruas da capital. O prefeito do Rio justificou a não repressão a esse tipo de folia devido à complexa logística que isso implicaria. Nos carnavais pré-pandemia, a organização mobilizava profissionais de vários órgãos públicos. “Os blocos estão pela cidade inteira. Então é Guarda Municipal, é trânsito. É pensar no transtorno que causa para as pessoas, para minimizar o impacto nas ruas da cidade. É uma celebração muito complexa para organizar direito. Adoro carnaval, adoro blocos. Não vai aqui nenhum tipo de tentativa de frustrar ninguém, mas é para a gente manter o bom padrão”, afirmou, referindo-se à proibição oficial.

O Carnaval carioca começa oficialmente na quarta-feira (20), quando Paes fará a entrega da chave da cidade para o Rei Momo. No ano passado, devido ao cancelamento do carnaval por causa da pandemia de covid-19, não ocorreu a solenidade em que o prefeito entrega simbolicamente o comando da cidade à Corte Carnavalesca. Os desfiles oficiais no Sambódromo terão início na quarta-feira e quinta-feira (21), com a Série Ouro (antigo Grupo de Acesso), e prosseguem sexta-feira e sábado, com as escolas do Grupo Especial. Os festejos se encerram no domingo com o desfile das crianças.

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