Bar do Momo é eleito o melhor boteco do Rio de Janeiro pela quarta vez
A longeva fórmula de sucesso combina atendimento simpático, petiscos consagrados e cerveja sempre gelada

Nos arredores da loja, com interior modesto, mesas se espalham pela calçada. A garçonete chama desconhecidos de “meu amor”, enquanto fregueses fiéis aparecem só para dar um “boa-tarde” e um “logo mais tô aí”. Não há dúvida, trata-se de um boteco legítimo, e dos melhores — como atestam as delícias no cardápio e os votos do júri que o consagraram pela quarta vez. O negócio, criado por um Rei Momo de verdade, Abrahão Reis, passou para as mãos de Antonio Lopes dos Santos, o Tonhão, em 1987. Ele divide os trabalhos com o filho, Antonio Carlos Laffargue, o Toninho, autor de petiscos já requisitados em outros endereços da cidade (parte do cardápio do Momo é atração da Liga dos Botecos, em Botafogo). Na lista de sugestões do local brilham o clássico bolinho de arroz, recheado de linguiça e queijo sem miséria (R$ 7,00 a unidade), o bolovo de bacalhau (R$ 13,00) e o eu só quero ser feliz (R$ 22,00), formidável sanduíche de joelho de porco defumado, creme de cheddar, picles e mostarda na torrada Petrópolis. Dica mais recente, o 20fazer feliz (R$ 20,00) reúne três bolinhos de mac and cheese, bacon e cebola-roxa. A singela seção de bebes traz cerveja gelada, de rótulos como Brahma, Antarctica (R$ 10,00 cada garrafa de 600 mililitros) e Serramalte (R$ 13,00), além de saborosas batidas de maracujá, gengibre, coco e limão (R$ 8,00 cada pedido). Para dar conta da clientela, também foi ocupada uma loja logo ao lado, na mesma calçada. Na vitrine do ponto original, a porção de torresmo (R$ 15,00) surge sob o aviso: “Contém glúten”. Quem se importa? O Momo não trabalha com cartões, mas aceita transferência bancária por aplicativo no pagamento da conta. Rua General Espírito Santo Cardoso, 50, Tijuca, ☎ 2570-9389 (80 lugares). 7h/22h (fecha dom.). Aberto em 1972.
2º lugar – Adega Pérola
Dispõe de um convidativo balcão, com 9 metros de comprimento, coroado por uma vitrine que exibe 56 tira-gostos. Vendidas em porção de 100 gramas, as sugestões vão de polvo ao vinagrete (R$ 36,00) ao mix batizado de pérolas do mar, com vieira, camarão, polvo e mexilhão cozidos em azeite e vinagre balsâmico, servidos com cebola e temperos da casa (R$ 38,00). Da cozinha ainda saem cerca de quarenta preparos, a exemplo da porção de lula à dorée (R$ 44,00). Podem fazer companhia às escolhas os chopes Brahma (R$ 8,00) e Colorado Indica (R$ 10,00). Rua Siqueira Campos, 138, loja A, Copacabana, ☎ 2255-9425 (60 lugares). 11h/1h (fecha dom.). Aberto em 1957.
3º lugar – Bar Madrid
Comandado por descendentes de espanhóis, o bar tem referências do Rio e de Madri na decoração e no cardápio. Hit local, os huevos rotos consistem em dois ovos fritos com gema mole sobre batata frita e presunto serrano (R$ 32,00). Outra pedida, o jiló camarón de la isla traz o fruto recheado de camarão, mussarela no maçarico e molho de tomate (R$ 18,00 a unidade). No balcão de mármore ou na varanda, é possível provar a celebrada batida de maracujá (R$ 7,00) e o tinto de verano (R$ 16,00), mistura de vinho tinto, soda e limão. Rua Almirante Gavião, 11, loja G, Tijuca, ☎ 3594-8526 (40 lugares). 12h/21h (dom. até 18h; fecha seg.). Aberto em 2015. Aqui tem iFood.