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Augusto Aras define nova chefe da Lava Jato na PGR

Lindora Araújo será a nova coordenadora do grupo de trabalho que auxilia o procurador-geral nos casos que envolvam pessoas com foro privilegiado no STF

Por Agência Brasil 23 jan 2020, 21h08

O procurador-geral da República, Augusto Aras, anunciou nesta quinta-feira, 23, que a subprocuradora Lindora Maria Araújo será a nova coordenadora do grupo de trabalho (GT) da Operação Lava Jato na procuradoria. O confirmação foi feita após o chefe anterior da equipe, o procurador José Adonis Callou de Araújo Sá, ter pedido demissão por divergências com Aras.

Além de Lindora, farão parte da nova equipe os procuradores Wladmir Aras e Raquel Branquinho, que atuaram na Lava Jato durante os mandatos dos então procuradores Rodrigo Janot e Raquel Dodge. Ao todo, o grupo será composto por oito procuradores.

O grupo de trabalho da Lava Jato na PGR tem como atribuição auxiliar o procurador-geral nos casos que envolvam pessoas com foro privilegiado no Supremo Tribunal Federal (STF), como parlamentares e ministros. Cabe aos membros do grupo realizar oitivas, participar da produção de provas, de audiências judiciais, requisitar documentos e informações, entre outras tarefas.

Segundo o comunicado, Lindora Araújo vai acumular a nova função com a de integrante da equipe da gestão da PGR como secretária da Função Penal Originária no Superior Tribunal de Justiça. Esse cargo é responsável por conduzir investigações criminais contra governadores, por exemplo.

“Ela vai conciliar as duas funções. Todos os demais integrantes do GT (grupo de trabalho) permanecem na equipe, o que demonstra coesão do grupo e garante a continuidade dos trabalhos planejados e executados nos últimos quatro meses”, destacou a nota.

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Araújo Sá havia sido ungido ao cargo por Augusto Aras em outubro do ano passado. Aras foi escolhido para comandar a PGR pelo presidente Jair Bolsonaro, escolha essa que foi criticada em parte por integrantes do Ministério Público Federal por ter sido feita à revelia da lista tríplice da associação da categoria. Essa lista vinha balizando as escolhas para PGR desde 2003, no primeiro mandato do então presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Meio-campo

Um integrante do MPF com trânsito na carreira afirmou, sob a condição do anonimato, que a nova coordenadora é da geração de Augusto Aras e tida como procuradora conservadora e de personalidade “muito forte”. Ele disse duvidar que ela aceitasse o convite para coordenar o grupo sem carta branca.

“Pode dar certo, desde que alguém faça o meio-campo com a base da Lava Jato”, disse essa fonte. Ela avaliou que Vladimir Aras –primo de Augusto– pode ajudar nessa tarefa, mesmo não sendo do mesmo grupo dele dentro do MPF.

Outro procurador da República que conhece Araújo Sá afirmou, também sob a condição do anonimato, que era previsível que a saída dele ocorresse. Ele disse que não teria como Augusto Aras cortejar todo mundo, agradando o presidente de um lado e internamente os colegas do MPF por outro. Araújo Sá, destacou, que sempre foi um nome bem-visto na carreira e poderia sim deixar o cargo se eventualmente tivesse uma interferência em seu trabalho.

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Com Reuters

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