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Articulação de ‘poderosos’ tenta barrar caso Marielle, diz ministro

Raul Jungmann não deu garantias de que crime será solucionado este ano e apontou interferência de agentes públicos, milicianos e políticos nas investigações

Por Estadão Conteúdo Atualizado em 23 nov 2018, 22h00 - Publicado em 23 nov 2018, 21h58

O ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann, afirmou nesta sexta-feira, 23, no Rio de Janeiro, que não há garantias de que o assassinato da vereadora Marielle Franco e de seu motorista, Anderson Gomes, conseguirá ser elucidado ainda este ano. Segundo Jungmann, “existiria uma grande articulação envolvendo agentes públicos, milicianos e políticos” atuando para impedir a resolução do caso. “Eu diria que (o envolvimento deles no crime) é mais do que uma certeza”, insistiu.

Jungmann declarou que a Polícia Federal passou a atuar mais diretamente no caso há apenas três semanas, apesar de ter se oferecido para ajudar nas investigações no dia seguinte ao assassinato, em março – o que foi descartado pelo Estado.

“A Polícia Federal – que nós oferecemos mais de uma vez que ela viesse para cá – é uma das melhores polícias investigativas do mundo, e eu acredito que ela vai, sim, avançar. Vai avançar esclarecendo o complô dos poderosos, dos podres poderes, que eu tenho certeza que é fundamental acabar com eles para o bem da sociedade do Rio de Janeiro”, afirmou Jungmann, após participar de seminário organizado pela FGV, no Rio.

“A procuradora-geral da República (Raquel Dodge) teve acesso a duas testemunhas. Uma é o Orlando Curicica e outra que permanece no anonimato, em que são feitas gravíssimas, enfatizo, gravíssimas acusações a agentes públicos aqui do Rio de Janeiro. Fica claro que existiria uma grande articulação envolvendo agentes públicos, milicianos, políticos, num esquema muito poderoso que não teria interesse na elucidação do caso Marielle, até porque estariam envolvidos nesse processo – se não tanto na qualidade daqueles que executaram, na qualidade de mandantes”, disse o ministro.

Jungmann não quis dizer quem seriam os investigados, mas que eles são “poderosos, muito poderosos”. O ministro tampouco revelou se dentre os investigados estão políticos já presos por outros crimes. “Eu gostaria que estivessem todos presos, e ficarei muito feliz no dia em que estiverem todos na cadeia.”

Jungmann assegurou que o caso será elucidado ainda que com atraso. “Nós vamos chegar em quem for. A Polícia Federal tem distanciamento suficiente, e é fundamental para poder avançar nesse processo de faxina do Rio de Janeiro, e é disso que se trata.”

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