
A arrecadação de impostos e contribuições somou 396,9 bilhões de reais nos primeiros sete meses de 2008 ¿ novo recorde. Mesmo sem a Contribuição Provisória Sobre Movimentação Financeira (CPMF), os cofres públicos receberam 40 milhões de reais a mais nesses primeiros meses em relação ao mesmo período de 2007, um aumento de 11,21%. O balanço foi divulgado nesta terça-feira pela Receita Federal.
Os dados mostram ainda que o ritmo de crescimento da arrecadação pública vem aumentando. Na comparação dos primeiros setes meses de 2007 igual período de 2006, o valor abocanhado pelos cofres públicos havia subido 10,34% em termos reais.
Em nota, o governo creditou o aumento da arrecadação ao bom desempenho de alguns setores da economia, como combustíveis, extração de minerais metálicos, fabricação de veículos automotores, construção civil, entre outros. Além disso, teria colaborado o crescimento do lucro das empresas.
Só na quantia recolhida como o Imposto de Renda Pessoa Jurídica em julho houve um aumento de 46,32% em relação ao mesmo mês do ano passado. O valor total da arrecadação foi de 61,9 bilhões de reais.
O Imposto de Renda como um todo ¿ pessoa física, jurídica e retido na fonte ¿ representou 29% do total arrecadado de janeiro a junho, equivalente a 115,13 bilhões de reais. A segunda maior mordida foi relativa à Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins), um total de 69,3 bilhões de reais.
O aumento do Imposto Sobre Operações Financeiras (IOF), para compensar a perda da CPFM, também ajudou na arrecadação recorde. No acumulado de janeiro a junho deste ano, o IOF somou 11,5 bilhões de reais ante 4,6 bilhões de reais no mesmo período de 2007.