Desde que foi anunciado o segundo turno das eleições, católicos mais radicais têm se reunido em orações e jejum parcial ou total visando a vitória de Jair Bolsonaro (PL). Há casos de jejum de cerca de 72 horas em grupos de oração de igrejas da zona sul do Rio de Janeiro, mantendo apenas a leitura da Bíblia como foco de concentração. Fundado por católicos incomodados com a popularidade da Teologia da Libertação, o Centro Dom Bosco (CDB) propaga este tipo de conduta entre os seguidores. O empresário Pedro Affonseca, presidente do CDB, explica o objetivo do jejum entre os católicos mais “radicais”.
“Não se trata de jejum intermitente. Trata-se apenas do jejum (parcial ou total), como prática penitencial comum e cotidiana na vida de um fiel católico. É dever do fiel católico rezar pela pátria, o que inclui rezar pelas eleições. Como o candidato Lula defende publicamente questões condenadas pela moral católica como a descriminalização do aborto, a ideologia de gênero e o socialismo, apenas para citar três exemplos, é natural que um fiel católico reze pela reeleição do Presidente Bolsonaro. Ao lado das práticas de oração, como a Santa Missa e o Santo Rosário, na vida de um fiel católico sempre estão presentes práticas de penitência, como o jejum. Logo, é muito comum e natural que os católicos façam jejum pela eleição do Bolsonaro”, diz Affonseca.